Onishi tentou ‘leilão’ para abastecer candidatura, mas foi descoberto e acabou enxotado por Aprígio

Segundo fonte do Executivo, o vereador teve proposta de Ney para deixar o governo e foi ao prefeito pedir 'valor maior' para não sair, mas depois foi barrado na prefeitura

Especial para o VERBO ONLINE

Onishi, agora no União; vereador tentou negociar permanência na base de Aprígio com aporte financeiro, mas foi rejeitado ao fazer 'leilão', segundo fonte do governo | Divulgação

Após concluir ter reduzida chance de ser eleger no PDT com a montagem de partidos feita por Wagner Eckstein Junior, secretário-genro de Aprígio, o vereador Ronaldo Onishi, desprestigiado, tentou negociar recurso financeiro robusto para a campanha e fez “leilão” com o prefeito e um político que acompanha de perto a disputa eleitoral em Taboão da Serra não é de hoje, Ney Santos, prefeito de Embu das Artes, segundo apurou o VERBO com uma fonte palaciana.

No entanto, Onishi foi descoberto no plano de amealhar a maior quantia possível e foi enxotado pelas duas partes. Segundo a fonte, o vereador conversou com Ney e recebeu uma proposta para romper com Aprígio e apoiar o pré-candidato a prefeito Engenheiro Daniel (União Brasil). Então, ele foi até Aprígio e pediu um valor maior para permanecer na base do governo. Porém, conforme o interlocutor do Executivo, Aprígio não teria aceito desembolsar a quantia desejada.

Ney ficou sabendo que Onishi o usou para fazer “leilão”, para “valorizar o passe”, e disse que não havia mais acordo. Desesperado, Onishi foi até a prefeitura implorar por uma legenda, mas Aprígio nem o deixou passar pelo portão. Neste momento, ainda conforme a fonte, ele desmaiou, na última quarta-feira (3). Na Câmara, um vereador comentou com jornalistas que “Onishi saiu chorando”. Este portal publicou o episódio na segunda-feira (8) em sua rede social.

Na última hora, contudo, o vereador Marcos Paulo – Paulinho – que deixou o governo no mês passado para apoiar Daniel – conseguiu “arrumar uma vaga” para Onishi, no União Brasil – partido do pré-candidato a prefeito. No governo, segundo o interlocutor, o comentário é que Onishi “ficou sem dinheiro e sem cargos na máquina [gestão Aprígio], e num partido com dois vereadores, o que dificilmente lhe garantirá a reeleição”. Na realidade, só Paulinho migrou para o União.

Procurado sobre o episódio, Onishi não se manifestou. Na terça (9), ele anunciou o grupo político em que ingressou e alegou que foi difícil deixar a base aliada de Aprígio, de cuja gestão era um dos principais entusiastas – e agora é considerado “traidor” pelo Executivo. “Estive [no governo] enquanto pude. E foi duro me despedir de vocês”, disse, para justificar o choro. Ao contrário dos elogios que fazia em público, ele disse que, internamente, falava que o governo “não estava bem”.

comentários

>