O fechamento anual das estatísticas de criminalidade no Estado de São Paulo ainda vai ocorrer – com a inclusão dos dados de dezembro -, mas Taboão da Serra, no governo Aprígio (Podemos), já registra, até novembro, mais roubos do que em todo o ano passado. O município só não deve ter um cenário pior do que há 2 anos, quando o quadro foi mais grave, também na atual gestão. O resultado decorre do fato de que os roubos subiram em Taboão pelo nono mês seguido.
Os novos números da violência nos municípios paulistas, referentes a novembro, foram divulgados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública na terça-feira (26). De janeiro a novembro, Taboão registrou 1.922 roubos (a pedestres e em imóveis – não inclui o de veículos), o que representa aumento de 25%. No mesmo período de 2022, o município teve 1.533 ocorrências. O delito nos 11 meses deste ano já é maior do que em todo o ano de 2022, quando somou 1.658 casos.
O roubo agora só não é maior do que entre janeiro e novembro de 2021, quando atingiu impactantes 2.086 casos, mais de 6 por dia. Ou seja, com balanço parcial de “alívio”, o município deve fechar o ano com menos de 2.259 registros, o total de 2021. Porém, não serve de alento. O registro do delito até aqui (1.922) já supera o do período do último ano do governo Fernando Fernandes (PSDB) – 1.804. A julgar pela escalada, ultrapassará também o total de 1.981 casos de 2020.
Taboão amarga também o nono aumento mensal consecutivo de roubos. Após estabilidade em janeiro (em 161 casos) e até queda em fevereiro (134 ante 140), o município passou a registrar salto de março em diante, em comparação com o mesmo mês do ano anterior – em março, 190 contra 121 (+57%); abril – 162/134 (+21%); maio – 170/128 (+33%); junho – 164/110 (+49%); julho – 206/125 (+65%); agosto – 201/172 (+17%); setembro – 170/144 (+18%); outubro – 188/149 (+26%).
Em novembro, Taboão teve 176 roubos, alta de 18%, ante 149 no mesmo mês de 2022. A delegada Michele Santana é secretária de Segurança desde abril. O roubo começou a subir em março, mas desde que a policial está à frente da pasta nunca mais caiu. Ela quase não é vista em ações de patrulhamento da Guarda Civil Municipal e é vista como uma ocupante “decorativa”, após a saída do secretário Rodrigo Falcão, de quem seria aliada – ele foi demitido por socar uma mulher.
Apesar de não ter sido um roubo, tecnicamente, o arrombamento e furto de celulares da Casas Bahia no Pirajuçara no domingo (24), véspera do Natal, expôs a falta de segurança em Taboão, após a prefeitura anunciar operação de fim de ano no centro comercial com patrulhamento da GCM. Com a repercussão negativa da “limpa” dos criminosos, dois dias depois, no dia 26, o governo Aprígio divulgou um vídeo para alardear a ronda, mas foi bombardeado de críticas.
“Isso é uma piada… Moro na região e não tem segurança nenhuma”, disse o morador Wagner Gomes. “Fizeram o vídeo e foram embora. Taboão está a Deus dará. Haja vista o arrombamento das Casas Bahia”, falou Luh Alves. “Essa base do Pirajuçara sempre fechada, é uma piada isso”, escreveu também na postagem da prefeitura Paula Freitas. A base fica a 15 metros da loja. “Não tem guardas escalados na base do Pirajuçara, em nenhum horário!”, disse um GCM ao VERBO.
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ROUBO EM TABOÃO DA SERRA; DE JAN-NOV, MUNICÍPIO REGISTRA 1.922 CASOS, MAIOR QUE EM TODO O ANO DE 2022, COM 1.658 OCORRÊNCIAS
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