O governo Aprígio (Podemos) abriu no dia 14 processo disciplinar contra guardas civis municipais que reivindicaram direitos como quinquênio e sexta-parte, redução de jornada e evolução na carreira, gerando revolta na corporação. Em “intimação” da Corregedoria da GCM, o Executivo diz que cada agente citado “está sendo processado” por participar de manifestação no dia 23 de junho no “pátio da prefeitura, estando de plantão, causando prejuízo aos munícipes”.
Um grupo de GCMs realizou o ato em protesto contra o governo por não cumprir a promessa, feita em maio, de atender as reivindicações, principalmente a redução da jornada para 160 horas/mês – os agentes usaram nariz de palhaço. O VERBO apurou que o processo tem como alvo 85 guardas – 1/3 do efetivo. A corregedora Sandra Fidelis diz que cada intimado tem cinco dias, a partir do recebimento da intimação, para apresentar defesa contra as “acusações”.
Parte dos GCMs acusados ainda não recebeu a intimação, mas já se mostra indignada. “Os caras estão distribuindo processo disciplinar contra os guardas que participaram das reivindicações. O prefeito Aprígio começa a punir os guardas”, disse um agente ao jornal “Atual”. GCMs também falaram com o VERBO para protestar. “Começaram as arbitrariedades. A coisa está cada dia pior para a Guarda”, disse um GCM. “Esse Aprígio é um lixo”, reagiu outro membro da corporação.
Os GCMs atingidos pelo ato do governo estão divulgando vídeo de reunião da comissão dos guardas com o prefeito, a secretária Michele Santana (Segurança) e vereadores sobre os pleitos da corporação. Curiosamente, na filmagem, Aprígio diz reconhecer o movimento e que o serviço da Guarda não foi prejudicado. “Ninguém fez greve, a Guarda está trabalhando normal. Vieram reivindicar o direito de todos”, diz na gravação. Agora, Aprígio faz “retaliação” aos GCMs.
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