Aprígio contrata duas empresas para mesmo serviço em prontos-socorros por mais de R$ 4 milhões

Para gestão da UPA e do PSI, governo firmou contrato com a AHBB em 4 de outubro; ainda na vigência do primeiro, contratou a Cesário Lange, a partir de 1º de novembro

Especial para o VERBO ONLINE

UPA Akira Tada e PS Infantil; governo Aprígio contratou duas empresas para mesmo serviço, a gestão das duas unidades, por um mês; gasto a mais é de R$ 4,1 milhões | Verbo/PMTS

O prefeito Aprígio (Podemos) contratou duas empresas diferentes para gestão dos mesmos prontos-socorros de Taboão da Serra, a UPA Akira Tada e o PS Infantil. O governo assinou contrato com a organização privada Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB) para gerenciar a UPA e o PSI de 4 de outubro a 4 de dezembro de 2023. Mas depois firmou a contratação da Beneficência Hospitalar Cesário Lange para gerir os mesmos PSs partir de novembro.

A gestão Aprígio inicialmente contratou a AHBB, com data de 3 de outubro, no valor de R$ 8,3 milhões (exatos R$ 8.383.304,52). Em seguida, firmou o segundo contrato, com a Cesário Lange, a partir de 1º de novembro, com assinatura em 31 de outubro, para gestão da UPA e do PSI, portanto, com o primeiro contrato ainda em vigência. Enquanto o termo com a AHBB é por dois meses, o com a Cesário Lange tem prazo de 12 meses, por R$ 53,6 milhões (R$ 53.602.812,12).

Ou seja, de 1º de novembro a 4 de dezembro, o governo está pagando – à AHBB – R$ 4.191.652,00 a mais pelo mesmo serviço, já que assinou igual contrato com a Cesário Lange, em 31 de outubro. Chama a atenção que os dois contratos foram firmados com dispensa de licitação – “S-672/2023”, com a AHBB, e “S-755/2023”, com a Cesário Lange. Assinam os termos os secretários Wagner Eckstein Junior (Administração), genro de Aprígio, e José Alberto Tarifa (Saúde).

No início deste mês, um morador esteve na UPA e estranhou que funcionários não usavam identificação da organização privada gestora da unidade. Questionado pelo munícipe sobre a falta de crachá, um colaborador demonstrou não saber a empresa pela qual prestava serviço. Segundo o “Portal da Transparência”, o governo já gastou no contrato com a AHBB R$ 3,7 milhões (R$ 3.772.487,02). Já para a Cesário Lange, já pagou R$ 4,4 milhões (R$ 4.400.235,01).

VEJA CONTRATOS DE GESTÃO COM A AHBB E CESÁRIO LANGE PARA MESMO SERVIÇO POR UM MÊS NO VALOR DE R$ 4,1 MILHÕES

Fonte: Prefeitura de Taboão da Serra

comentários

>