Estação Vila Sônia do metrô ganha nome da professora Elisabeth Tenreiro, morta em ataque a escola

Alteração ocorreu após um aluno e um representante do Grêmio Estudantil entregarem um abaixo-assinado ao governador com o pedido de homenagem à docente

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Parada-terminal da linha 4 do metrô, que agora se chama 'Estação Vila Sônia - Professora Elisabeth Tenreiro', em homenagem à docente assassinada por aluno | Verbo/Divulgação

O Governo de São Paulo vai alterar o nome da estação Vila Sônia do metrô para homenagear a professora Elisabeth Tenreiro, morta a facadas, aos 71 anos, por um aluno de 13 anos na escola estadual Thomazia Montoro (zona oeste de SP), no último dia 27 de março. A parada, que é o terminal da linha 4-Amarela, passa a se chamar “Estação Vila Sônia – Professora Elisabeth Tenreiro” – a docente lecionava ciências. A medida consta no “Diário Oficial” de sábado (15).

A estação Vila Sônia é a mais próxima da escola alvo do ataque, fica a apenas 500 metros de distância – o colégio se localiza na rua Dr. Adolfo Melo Junior. A alteração no nome ocorreu após um aluno e um representante do Grêmio Estudantil entregarem um abaixo-assinado com o pedido de homenagem à professora ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que assinou decreto. Embora publicada no fim de semana, a medida não tem prazo fixado para ser implementada.

No entanto, a concessionária da linha, a ViaQuatro, afirma que vai implantar a nova identificação visual na estação nos próximos dias. Formada em química, Elisabeth, aposentada, tinha sido funcionária do Instituto Adolfo Lutz por 40 anos e em 2013 passou a se dedicar ao ensino regular. Na Thomazia, ela tinha começado a dar aula no início do ano. “O objetivo de vida dela era fazer pelo menos uma criança vencer por meio da educação”, disse o sobrinho Gustavo Barros.

O adolescente infrator entrou correndo na sala de aula e partiu para cima de Elisabeth – ele usava uma máscara de caveira. A professora, que estava de pé, não percebeu a aproximação do aluno e foi atingida pelas costas. Ela teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Até 5 de março, o garoto estudava na escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra. Ele, que feriu outras cinco pessoas (três docentes e dois alunos), está internado provisoriamente.

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