Tarcísio anuncia duas novas secretarias e extinção da pasta que atende demandas dos municípios

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Tarcísio ao se reunir com os primeiros secretários, nesta 3ª; ele anunciou a criação da Secretaria da Mulher e da pasta voltada às parcerias com empresas | TV Globo

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo

O governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta terça-feira (29) que deve criar duas secretarias, da Mulher e de parcerias com a iniciativa privada, e eliminar ou fundir outras pastas no Governo de São Paulo. Até agora, ele confirmou os nomes de cinco futuros secretários – Renato Feder (Educação), Eleuses Paiva (Saúde), Arthur Lima (Casa Civil), Natália Resende (Infraestrutura, Meio Ambiente e Transportes) e Gilberto Kassab (Governo).

Para a Secretaria da Mulher – cuja criação foi promessa de campanha de Tarcísio -, a cotada é a deputada federal Rosana Valle (PL-SP), apoiadora do presidente e candidato à reeleição derrotado Jair Bolsonaro (PL). Com reduto eleitoral no litoral, Rosana ganhou espaço na região ao ser apoiada pelo secretário do governo Aprígio (Podemos) Wanderley Bressan – que já foi de esquerda (ex-PT). Rosana teve em Taboão da Serra 910 votos (38ª colocada).

Para a secretaria que ficará responsável pelas parcerias público-privadas, Tarcísio afirmou que vai nomear uma pessoa de sua confiança – provavelmente um gestor que integrou a equipe do governador eleito no Ministério da Infraestrutura. Hoje, o governo Rodrigo Garcia (PSDB) tem uma subsecretaria para a área. No caso, Tarcísio quer elevar o status, para, segundo ele, possibilitar interlocução de projetos com as demais secretarias do governo.

As agências reguladoras estaduais deverão ser vinculadas a essa nova secretaria. Atualmente, são ligadas à pasta de Governo. Uma é a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), que regula as concessões das estradas paulistas sob o comando das empresas privadas. Entre as atribuições da agência está autorizar os reajustes dos pedágios, foco de fortes críticas aos governos do PSDB – que deixa o comando do Estado após 28 anos de gestão.

Por outro lado, Tarcísio disse que deve extinguir a Secretaria de Desenvolvimento Regional, a que atualmente atende as demandas dos municípios – criada na gestão João Doria (PSDB). Por exemplo, no ano passado, no colapso da saúde de Taboão, o prefeito Aprígio foi ao Palácio dos Bandeirantes para reunião na pasta para pedir leitos de UTI para pacientes da cidade – ele acabou indo embora ao ver o ex-prefeito Fernando Fernandes (PSDB) na sala.

O governador eleito afirmou que a Secretaria de Desenvolvimento Regional terá as funções divididas entre as pastas de Governo e Casa Civil. Em outra reestruturação, ele disse ainda que terá uma secretaria dedicada à gestão, que cuidará do funcionalismo (RH) e da digitalização do governo – hoje existe a pasta de Orçamento e Gestão. Já a Secretaria da Fazenda, ainda de acordo com Tarcísio, deve incluir orçamento, planejamento, receita e tesouro.

Pela manhã, Tarcísio se reuniu com os coordenadores dos oito grupos temáticos da transição. À tarde, a coordenação da equipe fez reunião com coordenadores da parte de Garcia, e o Tribunal de Contas do Estado. Nesta terça, o “Diário Oficial de São Paulo” trouxe a nomeação de Afif Domingos como assessor especial de Tarcísio, com remuneração mensal de R$ 21.017,85 (brutos) – os demais membros da transição (105 no total) trabalham voluntariamente.

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