Taboão tem 2 moradores com varíola dos macacos; secretaria diz estar preparada contra casos

Especial para o VERBO ONLINE

Erupções na pele são alguns dos sintomas da varíola dos macacos; homem de 41 anos com comorbidade grave (câncer) é a 1ª vítima fatal da doença no Brasil | OMS

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Taboão da Serra tem dois casos da varíola dos macacos, informou a Secretaria de Saúde nesta sexta-feira (22). Um dos infectados é um homem de 29 anos que viajou a Portugal. Ele foi atendido na UPA Akira Tada. O outro é um homem de 53 anos que usou serviço de saúde de São Paulo. Os dois estão isolados em casa, são acompanhados pela secretaria e estão bem. O município tem os primeiros registros 43 dias após o primeiro caso no país, em 9 de junho.

A secretaria garante que está preparada para atender pacientes com varíola dos macacos – afirma que elaborou um plano de ação. A pasta diz que submeterá os casos em investigação e confirmados a protocolo de isolamento que pode ser residencial ou hospitalar, além de recomendar aos moradores, para evitar a contaminação, que façam uso de máscara, higienização das mãos e uso de preservativo, já que a doença é mais transmitida por contato íntimo.

A varíola dos macacos (“Monkeypox”) é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele – pode ser por meio de um abraço, beijo, massagem, relação sexual ou secreção respiratória. A transmissão também ocorre por contato com objetos, roupas, roupas de cama ou toalhas e superfícies utilizadas pelo doente. A doença se assemelha à varíola humana, erradicada no início da década de 1980.

Os sintomas iniciais são febre, dor de cabeça, dor muscular e nas costas, calafrio, cansaço e inchaço dos linfonodos (órgãos no pescoço, axila e virilha). De 1 a 3 dias após o início, os infectados desenvolvem lesões de pele que podem ser em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais, semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das feridas. Evoluem em cinco estágios: mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas.

A doença não tem tratamento específico, mas possui letalidade baixa. O risco é maior entre pessoas com HIV, câncer, doenças autoimunes, transplantados, gestantes, lactantes e crianças abaixo de 8 anos. “O ‘Monkeypox’ causa uma doença mais branda que a varíola, mas em alguns pacientes de risco pode se desenvolver de forma mais grave”, diz a virologista Viviane Botosso. Nesta sexta-feira, o Brasil tem 607 casos – São Paulo é o Estado com maior número, 438.

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