ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O governo Aprígio (Podemos) anunciou nesta sexta-feira (15) que as aulas da rede municipal de ensino de Taboão da Serra começam no dia 10 de fevereiro, mas sem que os alunos retornem às salas de aula. A gestão decidiu que o ano letivo de 2021 terá início com aulas online, como no ano passado, após avaliação do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, composto pelas secretarias de Educação, Saúde, Governo, Fazenda e Comunicação.
A secretária municipal de Educação, Dirce Takano, disse que o sistema de ensino seguirá o implantado no ano passado. “Os estudantes realizarão as atividades remotas por meio das apostilas, que serão entregues aos pais ou responsáveis, e pelo aplicativo ‘Google Classroom – Sala de Aula'”, explicou. A pasta informou que deve distribuir os cadernos de atividades no início de fevereiro. As aulas presenciais estão suspensas desde março de 2020.
“A pandemia de covid-19”, resumiu o secretário Mario de Freitas (Governo) sobre o motivo do não retorno das aulas na escola. “A proposta do governo é fazer o retorno às aulas de forma híbrida, remota e presencial, levando em consideração o distanciamento social”, revelou, sobre o plano posterior. Taboão tem cerca de 31 mil alunos na rede, em 71 escolas, incluindo as do PAC (Programa de Atendimento à Criança), conveniadas com a prefeitura.
Uma professora da rede municipal que dá aula em escola no Jardim Helena concorda com a decisão de manter as aulas remotas. “Escola é socialização, nos banheiros sempre falta água, para a gente garantir a higiene das crianças teríamos que acompanhá-las até nos banheiros, o que é impossível. Muitos pais não têm noção [dos cuidados] e estaríamos vulneráveis a tudo. Aula presencial só após a vacina, as escolas não estão preparadas”, afirmou.
Taboão da Serra registra 369 mortes pelo novo coronavírus e 11.154 casos desde o início da pandemia, nesta sexta-feira (15). A UPA Akira Tada tem 20 pacientes internados. Além de notificar o maior número absoluto de vítimas na região do Conisud, o município tem a mais alta taxa de mortalidade pela doença entre as oito cidades, de 125,65 óbitos por 100 mil habitantes. O segundo índice mais alto, de Itapecerica da Serra, é de 103,56 óbitos.
