Embu tem 214 óbitos de covid e 4.863 casos; Ney fala 5 óbitos e 272 casos a menos

Especial para o VERBO ONLINE

Hospital de campanha do Vazame; gestão Ney continua a divulgar boletim da covid com mais de dez dias desatualizado apesar do agravamento da doença | CNN

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Desde a semana passada, Embu das Artes registrou mais três mortes pela covid-19 e passou a somar 214 vítimas no total, nesta quinta-feira (14). O município notifica agora 4.863 casos desde o início da pandemia, número que deve estar bastante subnotificado, já que o governo municipal só iniciou a testagem em massa em outubro do ano passado, às vésperas das eleições, e depois do pleito reduziu os pontos de exame de quatro para um apenas.

Os dados de mortes e casos são da Secretaria Estadual da Saúde. Reeleito, o prefeito Ney Santos (Republicanos) “esqueceu” de vez a pandemia. Após divulgar como boletim mais recente o de 17 de dezembro, com 20 dias de defasagem, e ainda errado – citava 201 mortes e 4.308 casos, enquanto o Estado relatava 204 óbitos e 4.337 infectados -, o governo agora solta como informe mais recente o do dia 4 de janeiro, com 209 vítimas e 4.591 casos.

Apesar de citar o agravamento da covid-19, Ney ainda esconde o perfil de óbitos e o número de consultas e internações pela doença, no Pronto-Socorro Vazame. A ocorrência de mortes na unidade só é conhecida quando um paciente de outra cidade vem a óbito, por exemplo, de Taboão da Serra, que informa onde o munícipe estava internado. A gestão Aprígio (Podemos) relatou que a 354ª vítima da cidade, homem de 81 anos, estava no Vazame.

No entanto, para desagrado do governo Ney, sem transparência, no último dia 5, o quadro dramático de Embu veio a público, em rede nacional, no “Bom Dia Brasil” (TV Globo), que noticiou que o município tinha 100% dos leitos de UTI ocupados com pacientes acometidos pelo novo coronavírus. Porém, não é difícil a cidade atingir a ocupação máxima, já que oferta apenas cinco vagas de terapia intensiva, justamente as do hospital de campanha do Vazame.

Ney foi cassado por usar atos da prefeitura para promoção pessoal. Ele obteve a suspensão da sentença, mas governa sob liminar até o julgamento do recurso. Para justificar o ato ilegal, alegou que “em toda a nossa gestão sempre tivemos como premissa a transparência” e que Embu é referência no combate à covid. Após desmentido pelo quadro crítico de leitos de UTI, Ney é responsabilizado pelo atraso de salário de funcionários da saúde.

SERVIÇO
Centro Médico Embuense de Combate ao Coronavírus
Rua São Lucas, 92, Jardim Vazame, Embu das Artes

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