Embu volta a sofrer com casa no Jd. Silvia atingida por deslizamento de terra e vias do centro alagadas

Especial para o VERBO ONLINE

Av. Elias Yazbek inundada, no centro, e casa semidestruída com buraco na parede devido à descida de terra no Jd. Silvia | Facebook Halana Souza/Renato Oliveira

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Uma casa no Jardim Silvia foi atingida por um deslizamento de terra e várias vias do centro, como a avenida Elias Yazek, inclusive diante do Pronto-Socorro Central, ficaram alagadas em Embu das Artes depois da chuva forte que caiu na tarde deste domingo (9) na região. Os temporais têm causado prejuízos no município, inclusive perdas humanas, devido à ocupação irregular de áreas de risco e falta de limpeza e manutenção dos córregos.

Na rua Mato Grosso, a residência ficou semidestruída com a abertura de buraco na parede causada por descida de terra. Nenhum morador ficou ferido, apesar dos transtornos como a inutilização de móveis e eletrodomésticos e de muito barro. O governo Ney Santos (Republicanos) anunciou a mobilização de secretarias para prestar a assistência às famílias afetadas pela chuva – o prefeito está fora da cidade, de folga em condomínio de luxo em Santa Catarina.

A Elias Yazbek ficou inundada nas duas pontas, diante do antigo Caipirão e do Mc Donalds e na altura da Outlet Q Mais. Também alagaram a rua Cândido Portinari, no ponto do Posto Ipiranga no Cercado Grande, e a rua do Corpo de Bombeiros, a Cássio M’Boy, ao lado do córrego Embu-Mirim, que transbordou. “Passa o dia trabalhando e quando dá a hora de ir para casa não pode. Quero ver que horas vou chegar em casa”, reclamou uma moradora.

“Não era referência contra enchentes?”, questionou outro morador. No ano passado, em fevereiro, o prefeito gravou um vídeo, abraçado ao então vereador Hugo Prado, hoje vice-prefeito, em que dizia ter solucionado as “enchentes que assolavam comerciantes e moradores da região central”. “O resultado está aí, as enchentes acabaram e o problema foi resolvido”, disse. Quatro dias depois, vias do centro viraram rio com alagamentos.

Antes da virada do ano, em 29 de dezembro, Embu viveu uma tragédia fruto da inércia da prefeitura, em período de esperados grandes volumes de chuva. Seis pessoas morreram – quatro crianças – após deslizamento de terra sobre duas casas sob barranco no Jardim do Colégio. O vereador Abidan Henrique (PDT) disse que, “na ausência do poder público, da falta de política de habitação para tirar pessoas de áreas de risco, a população que paga o preço”.

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