Após pressão, Fernando e Câmara devem garantir recesso a educadores de Taboão

Especial para o VERBO ONLINE

PEDRO HENRIQUE FEITOSA
ADILSON OLIVEIRA

Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Os servidores da educação de Taboão da Serra não enquadrados no Estatuto do Magistério protestaram nesta terça-feira (2) na Câmara Municipal após terem o recesso escolar de julho cancelado pelo governo Fernando Fernandes (PSDB). Os funcionários prejudicados ocupam os cargos de auxiliares de desenvolvimento infantil (ADI), auxiliares de desenvolvimento escolar (ADE) e auxiliares de classe – cerca de 900 profissionais, segundo o Portal da Transparência.

ADIs, ADEs e auxiliares de classes lotam
Centenas de ADIs, ADEs e auxiliares de classes de Taboão lotam Câmara para protestar contra fim do recesso

Os educadores teriam recesso, de 15 dias, a partir da próxima segunda-feira (8). Eles souberam extraoficialmente, porém, que o secretário João Medeiros (Educação) teria afirmado que “o recesso escolar está previsto para os cargos dispostos no Estatuto do Magistério” e que a Secretaria de Gestão de Pessoas teria informado que o governo “não poderia conceder o recesso aos demais funcionários das escolas”. Indignados, centenas de servidores foram à Câmara.

“Fomos pegas de surpresa com essa notícia, por meios não oficiais, ontem pela tarde, e a maioria das diretoras não quis falar muito a respeito. Daí decidimos ir hoje [à Câmara]. Fomos para reivindicar o direito ao recesso”, disse uma auxiliar de classe à reportagem. Os vereadores iniciaram a sessão com a promessa de ajudar os educadores afetados com a medida, a partir de conversa com o prefeito, e depois abriram espaço para os servidores se manifestarem.

“O vereador Eduardo Nóbrega, a gente se estranhou, porque ele ficou indignado com a forma indignada com que reagi a esse ataque. […] Os auxiliares de classe são os novos ADIs, são professores, sim, têm os deveres e querem os direitos. Estamos todos muito cansados […]. Isso [cancelamento do recesso] é sabido desde maio, estavam escondendo. A intenção era anunciar só na sexta, ‘até segunda, você têm que vir'”, disse a professora Sandra Fortes, em tribuna.

Os vereadores pediram para que os educadores aguardassem enquanto se reuniriam com o prefeito. À tarde, voltaram e disseram que o prefeito decidiu alterar a parte da lei e que todos os profissionais da educação teriam o recesso. Eles anunciaram que votarão nova lei nesta quarta-feira, às 10h. “Eles nos convidaram para participar da sessão onde trarão essas mudanças. E nos asseguraram que nem hoje nem amanhã [quarta] será descontado de nós”, disse a auxiliar.

Da oposição, o vereador Professor Moreira (PSD) confirmou a decisão do prefeito de atender os educadores. “O prefeito voltou atrás e vai encaminhar amanhã [quarta-feira] projeto de lei para incluir o recesso escolar para os ADIs, ADEs e auxiliares de classe. Entendo que os profissionais de apoio e suporte ao corpo docente têm esse direito até pelo trabalho que realizam, muito similar ao do professor. O prefeito acertou ao reconhecer”, disse Moreira à reportagem.

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