RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O secretário de Comunicação de Embu das Artes, Jones Donizette, atacou o VERBO em postagem no Facebook nesta quinta-feira (14), após reportagem deste site mostrar que o prefeito Ney Santos (PRB) não foi assinar emenda do deputado estadual Geraldo Cruz (PT), de R$ 200 mil, para a saúde de Embu. Ele acusou que o VERBO é “jornal do PT”. Mas Donizette é quem tinha cargo no governo do PT, de Chico Brito, conforme nomeação a que o VERBO teve acesso.
O VERBO publicou na quarta-feira (13) que, de acordo com o gabinete de Geraldo, o deputado teve aprovada emenda de R$ 200 mil para ser investida na saúde de Embu, mas Ney agiu com descaso e não foi assinar o recebimento do recurso. Nesta quinta-feira, noticiou resposta do governo de que “a informação não procede” e que “a nossa emenda já está no sistema no valor de R$ 200 mil, que a gente não perdeu”, mas admitiu que Ney não foi receber a verba.
Em resposta a um morador de Embu que questionava por que o prefeito Ney Santos não aceitou os R$ 200 mil da emenda apresentada pelo deputado Geraldo Cruz, Donizette preferiu atacar o site e disse que é “mais uma mentira do Jornal do PT VERBO ONLINE”. Mais adiante, no mesmo bate-papo com o interlocutor, Donizette opinou que “este jornaleco não tem com-promisso com a verdade, não representa a categoria tão batalhadora da imprensa regional”.
Nesta sexta-feira (15), no próprio perfil pessoal no Facebook, Donizette reproduziu a postagem e chamou o VERBO de “Fake News”. Instalado a mostrar provas de que o VERBO é do PT, ele foi evasivo. “Acusa e não prova, secretário. Quem, afinal, não tem credibilidade?”, foi questionado. Após chamar o site de tendencioso anti-governo, o VERBO mostrou reportagem sobre ação de Ney com crítica à gestão passada. “Mais uma prova, bater no Chico que saiu do PT”, apelou.
Apesar de acusar que o VERBO é do PT, Donizette é quem desfrutou de cargo “cobiçado” do governo petista, na gestão Chico Brito, quando o prefeito ainda estava no partido. Conforme a portaria nº 150, Jones Donizette Sobrinho ocupou o cargo de assessor de planejamento III, em comissão, ou seja, de indicação política, não técnica, até 3 de fevereiro de 2016 – Chico deixou o PT em abril daquele ano. O hoje secretário teria ficado no posto por um ano, nomeado em 2015.
Apesar de nomeado no governo entre 2015 e 2016, Donizette nunca foi visto na prefeitura, dando expediente, segundo servidores antigos da administração ouvidos pelo VERBO. A suspeita é que Donizette foi funcionário fantasma. “Nunca vi. Vi hoje num grupo que ele foi exonerado em 2016. Comentamos todos aqui [prefeitura] que nunca ninguém viu ele”, disse um servidor. O salário de Donizette: “Na faixa dos R$ 7 mil”, completou. Procurado, Donizette não respondeu.
VEJA PORTARIA DE EXONERAÇÃO QUE INDICA QUE JONES DONIZETTE OCUPOU CARGO NO GOVERNO DO PT
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a cada dia que se passa fico cada vez mais inojado co a politica