Idoso é atropelado na Régis e teria se jogado, mas motorista não socorre

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Um homem de pele clara de cerca de 65 anos, cabelos grisalhos, 1,60 m de altura morreu atropelado na manhã desta quinta-feira, dia 31, no acostamento da rodovia Régis Bittencourt km 273,8 sentido São Paulo (ao lado da Delegacia Seccional), a 200 metros de passarela, em Taboão da Serra. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a vítima não portava documento, e segue não identificada – passará por exame de digitais e DNA. O motorista não parou para socorro.

No km 273,8, em Taboão da Serra, policiais federais preservam local com corpo de vítima de atropelamento coberto
No km 273,8, em Taboão, policiais federais preservam local com corpo coberto de vítima de atropelamento

O 1º Distrito Policial de Taboão registrou o caso e instaurou um inquérito para proceder a procura por câmeras no local – área de empresas e paradas de caminhões de transportadoras – e requisitar imagens que elucidem a ocorrência, que se deu por volta das 7h30. Testemunhas contam, porém, que o homem foi atingido por um ônibus de viagem executivo que vinha da rua Maria Patrícia da Silva, no Jardim Salete, e entrou na rodovia, mas o pedestre causou o atropelamento.

“Ele se jogou debaixo quando o ônibus fez a curva. Esperou passar a roda da frente e quando vinha a de trás se jogou embaixo. Morreu na hora”, contou o aposentado João Carlos Defavori, 58, ao VERBO na empresa em que presta serviço e que fica no local. Disse que o ocorrido é mostrado nas imagens da câmera da firma. Segundo ele, o homem estava lúcido e “não era maltrapilho”. “Foi com certa agilidade incrível”, falou. O homem sofreu esmagamento de crânio, segundo o Samu.

A delegada Jacqueline Bessa esteve no local e não teria ouvido que o homem se atirou sob o ônibus. “Não descartamos nenhuma possibilidade, mas não tivemos essa informação”, disse o delegado-titular Gilson Leite. Apesar da hipótese, o condutor deverá ser indiciado. “A ação da pessoa não exime a responsabilidade do autor, teria que parar e providenciar socorro. Ter deixado de socorrer é um agravante muito grande, poderá responder por homicídio doloso”, afirmou Leite.

OCORRÊNCIA
Leite disse que a entrada da ocorrência no distrito demorou. “A Polícia Rodoviária Federal só veio apresentar à tarde”, afirmou. O inspetor-chefe da PRF, Ricardo De Paula, negou. “A nossa equipe chegou à delegacia com a ocorrência às 10h. Acontece que foi pedido a nossa viatura verificar filmagem no local, serviço que é da Civil. Ao voltar com as informações para a delegada ainda havia duas ocorrências na frente. Como já estavam 27 horas em serviço, os policiais a informaram que outra equipe iria ao DP, e esteve por volta das 13h para completar a apresentação. Mas estivemos lá de manhã”, disse.

 

 

 

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