O prefeito Ney Santos (Republicanos) anunciou que a partir desta quinta-feira (13) um guarda municipal ia ficar na porta de cada escola municipal e estadual em Embu das Artes, para segurança dos alunos, mas a promessa não resistiu sequer um dia – como um GCM ouvido pelo VERBO havia advertido, ao dizer que a corporação não tem efetivo suficiente. Ney e o vice Hugo Prado (MDB) se irritaram com a cobrança dos pais sobre os guardas e resolveram punir GCMs.
Dois dias depois de um aluno levar uma faca, na mochila, para a escola municipal Valdelice Prass, no Parque Pirajuçara, Ney reuniu na quarta-feira (12) diretores de colégios, além de policiais, e lançou a promessa com pompa. “Hoje, chamamos vocês […] para dizer que já tem uma determinação de que a partir de quinta-feira, na primeira hora de aula, vai ter um guarda municipal na porta de cada escola”, disse, sob palmas – puxadas, instanteamente, por Hugo, ao lado.
No entanto, nesta quinta-feira, moradores relataram nas redes sociais, inclusive em contas de Ney, não ter visto nenhum GCM em muitas escolas da prefeitura. “Até hoje não apareceu um na creche que meu filho fica”, disse a moradora Mari Bernardes. “Cadê as polícias que você prometeu que hoje no primeiro horário ia estar nas escolas [?]. Pois não tinha nenhuma sequer em escola nenhuma”, disse Iara Batista – ela marcou o prefeito, mas ficou sem resposta.
A reclamação é generalizada. “Sr. prefeito, hoje dia 13/4 não tem nenhum policiamento nas escolas. Cadê a providência”, cobrou Patrícia Martins. “Aqui no [Jardim] Santo Antônio também vai ter GCM na porta da escola? Levei meu filho hoje de manhã e não vi ninguém”, reclamou Fernanda Santos. Rosângela Menezes reforçou que “não tinha nenhum policiamento na escola” ao levar as filhas. “A população tem que ficar marcando vocês para fazer alguma coisa”, advertiu.
“Acabei de sair da escola da minha filha e não tem nenhum policial. Cadê a polícia que iria começar a ficar na escola hoje? Desculpa, mas eu vou ficar no pé de vocês”, prometeu Adeliane Piassa, que telefonou para a prefeitura. “Também estou ligando lá, vamos nos unir. Vencer eles no cansaço, não podemos admitir que fique assim”, interagiu Renata Grata. Ela pressionou. “Parabéns, prefeito! Falou bonito, só não cumpriu, na creche Santa Luzia também não teve GCM”, ironizou.
Em um bairro particularmente, o popular Jardim Santa Tereza, muitos moradores citam a escola municipal Jornalista José Ramos como desprotegida. Em um vídeo, uma mãe cobrou o prefeito duramente diante da promessa, nesta quinta-feira. “Estou aqui no Jornalista. Passou agora na Globo que ia ter polícia em frente a todas as escolas de Embu. Até agora não estou vendo nada. Agora, fala para mim, Ney Santos, cadê a segurança? Eu deixei dois filhos meus aqui!”, reclamou.
Ney reagiu contra parte dos GCMs. “Conseguimos atingir 80% das escolas de nossa cidade, infelizmente alguns guardas deixaram de comparecer e terão a sua conduta avaliada pela Corregedoria da Guarda”, postou, ao replicar mensagem de Hugo. Eles ainda teriam buscado “jogar” a população contra os agentes. “Quero agradecer a todos os guardas municipais que atenderam ao chamado do nosso povo e se apresentaram hoje [quinta] nas unidades escolares”, disse.
Outro GCM procurou o VERBO para rechaçar o “ataque” de Ney com endosso de Hugo. “Olha só que postagem lixo que ele fez, mesmo nós tendo que fazer turnos de 24 horas sem ter efetivo, porque são 89 escolas, entre estaduais e municipais, fora as conveniadas. Somos um efetivo de 210 guardas, fora os afastados, [em] férias e com restrições médicas, o que dá um total de aproximadamente 175 ativos. Ele ainda quer jogar a culpa da má administração nos guardas”, declarou.
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O atual secretário até onde sei é empresário não é? Como podem entregar uma das pastas mais importantes, um serviço tido como essencial nas mãos de alguém sem nenhum tipo de preparo para isso. Gustavo do Rancho é qualquer coisa, menos especialista em segurança. Acho que o senhor prefeito antes de mandar os guardas para corregedoria deveria observar que o erro vem desde cima, desde colocar quem não conhece para representar os que “não querem trabalhar” (meu entendimento sobre a fala dele)