No Campo Limpo ao lado de Fernando, Alckmin apela por voto útil para enfrentar PT

Especial para o VERBO ONLINE

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo

O candidato à presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) fez campanha no domingo (16) pelo comércio do Campo Limpo (zona sul de SP), um dos bairros que mais sofrem com a falta de segurança, e prometeu atuar em conjunto com Estados e municípios no combate à criminalidade, um dos grandes temores de moradores e lojistas. Ele também fez apelo a favor do voto útil já no primeiro turno contra o adversário Jair Bolsonaro (PSL) para derrotar o PT.

Entre o prefeito Fernando Fernando e a deputada Analice
Alckmin posa pra foto com futura eleitora entre prefeito Fernando e deputada e candidata à reeleição Analice

Alckmin disse que, se eleito, vai priorizar o combate ao tráfico de drogas e de armas nas fronteiras e quanto à violência urbana vai atuar primeiro nos municípios do país com índices criminais mais altos. “Vamos começar pelas 150 cidades mais violentas. Vamos levar uma força-tarefa formada por investigadores, especialistas em tecnologia e gestão para ter uma ação rápida para reduzir criminalidade”, disse o ex-governador de São Paulo, Estado onde a insegurança assusta.

Sobre a estratégia para tentar ir ao segundo turno, Alckmin avaliou que muitos eleitores aderiram a Bolsonaro para evitar o PT no governo, mas que a estratégia é um erro. “O que temos visto é que tem uma parte do eleitorado que está votando no Bolsonaro para derrotar o PT. Mas pode ser o inverso, pode ser o passaporte para a volta do PT. Porque no segundo turno Bolsonaro perde para todo mundo. Acho que isso vai ficar claro ao longo desses últimos 20 dias”, disse.

Além de Alckmin patinar nas pesquisas mesmo com o maior tempo de TV entre todos os candidatos – pelo Datafolha, é o quarto colocado (com 9%), já atrás de Fernando Haddad (PT), que está empatado com Ciro Gomes (PDT) (13%) -, o PSDB avaliou em longa reunião no domingo que Haddad tem grandes chances de ir ao segundo turno, graças ao apoio do ex-presidente Lula. Por isso, o tucano tenta atrair os antipetistas que hoje estão inclinados a votar em Bolsonaro.

“O que temos dito é que não é na bala nem com radicalismos da esquerda ou da direita que vamos fazer a economia voltar a crescer”, despistou Alckmin, ao ser questionado sobre a possibilidade de elevar o tom contra o candidato do PT. Além de centrar a propaganda na TV em propostas vinculadas à economia e à geração de emprego, a campanha tucana decidiu na reunião exibir à exaustão duas peças duras que compilam falas polêmicas de Bolsonaro – que já estão no ar.

Alckmin caminhou pela estrada do Campo Limpo ao lado de candidatos do PSDB ao Legislativo, a deputada estadual Analice Fernandes, que busca reeleição, e Josildo Ferreira, postulante à Câmara Federal (que está com a candidatura indeferida), além dos prefeitos de São Paulo, Bruno Covas, e de Taboão da Serra, Fernando Fernandes (PSDB). Acompanharam também lideranças políticas e religiosas como o bispo emérito de Campo Limpo, dom Emílio Pignoli.

No último dia 7, Fernando se posicionou sobre Bolsonaro, ao condenar o atentado sofrido pelo candidato, esfaqueado no dia anterior. “Eu sou frontalmente contra o Bolsonaro. Eu não estou a favor de uma pessoa que defende armar a população. Acho, inclusive, que o Bolsonaro não reúne a menor condição de ser presidente da República. Isso é uma coisa. Agora, atingir a integridade física dele é outra história, isso também não defendo, não está correto”, afirmou.

> Colaborou Adilson Oliveira, especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
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