Corpo de mulher levada em enchente em Taboão é encontrado no rio Pinheiros

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

A mulher que estava desaparecida ao ser arrastada pela enxurrada após o carro onde estava, no banco do passageiro, cair no córrego Ponte Alta, em Taboão da Serra, durante forte chuva no sábado (6) foi encontrada sem vida. Com a força da correnteza, o corpo da empresária Aparecida Ferreira de Almeida, de 48 anos, foi localizado no rio Pinheiros, próxima à Usina Elevatória de Traição, perto da ponte Engenheiro Ari Torres, a mais de 15 quilômetros de distância.

Canal do Ponte Alta onde Tucson do casal caiu e carro após içado do córrego; empresária é 2ª vítima em 1 ano

Aparecida foi localizada no dia seguinte, no domingo, mas devido ao estado da vítima a confirmação da identidade só ocorreu nesta quarta-feira, sem que as buscas fossem interrompidas pelo Corpo de Bombeiros – inicialmente o trabalho ficou a cargo do quartel de Embu das Artes. “O corpo foi encontrado no dia 7 na Usina Elevatória de Traição, no rio Pinheiros, e encaminhado ao IML [Instituto Médico Legal]”, disse o soldado Mauro, da corporação, ao VERBO.

Ela estava em uma Tucson com o marido, que dirigia. Na tempestade, ele perdeu o controle ao derrapar em mato e lama e caiu no córrego. O carro desceu o canal e ficou entalado numa tubulação rente à rodovia Régis Bittencourt no km 274 (Seccional), mas os dois foram arrancados do veículo. Ele saiu em um duto do outro lado da BR-116, no piscinão da Portuguesinha. Já Aparecida não conseguiu se segurar e foi levada pela correnteza. O carro foi içado no domingo.

O Corpo de Bombeiros concentrou inicialmente as buscas no Ponte Alta e no córrego Poá, extensão do primeiro já do outro lado da Régis Bittencourt, e em piscinões de Taboão, mas passaram a verificar o córrego Pirajuçara e finalmente o Pinheiros. “Os bombeiros partiram lá do local onde aconteceu a enchente e vieram descendo o rio”, disse o soldado. Segundo parentes, Aparecida morava no Jardim Saint Moritz, em Taboão, e tinha um comércio na cidade, no Pirajuçara.

Aparecida, que deixa duas filhas, é a segunda vítima fatal das enchentes em Taboão em menos de um ano. Em março de 2015, o aposentado José Fonseca da Silva, de 69 anos, após não conseguir mais se segurar na porta do carro, foi arrastado pela enxurrada para dentro do Poá durante tempestade e inundação no largo do município. O prefeito Fernando Fernandes (PSDB) disse que o volume de chuva foi inesperado e que o homem não era morador de Taboão.

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