Estado de SP tem 201 exames de covid-19 de pessoas que já morreram na fila para análise

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Testes de covid-19; Germann, que diz que SP tem 201 exames de pessoas que já morreram com sintomas da doença à espera de análise | Governo de SP/Divulgação

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo

O Estado de São Paulo tem 201 exames de covid-19 de pessoas que já morreram na fila à espera de análise laboratorial, o que deve aumentar o número de mortes causadas pelo novo coronavírus em municípios paulistas, que era de 164 até esta quarta-feira (1º). No total, incluídos os testes de possíveis vítimas fatais da doença, são 16 mil exames de coronavírus que estão represados no Estado, informou a Secretaria Estadual de Saúde no dia de ontem.

“Uma parcela desses 201 óbitos acumulados vai dar positivo. São pessoas que estavam com covid-19 e não foram confirmados na época do óbito, vai ser agora”, afirmou o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann. O diagnóstico ficará pronto em 24 horas. Ele disse, porém, que o índice de casos suspeitos que se confirmaram é baixo. Contudo, a expectativa é que a morte de Bruno Nascimento, de Embu das Artes, seja atestada como de covid-19.

O registro de 164 óbitos por coronavírus no Estado nesta quarta-feira representa acréscimo de 21% em relação à notificação do dia anterior. Somente ontem foram confirmadas 28 mortes, o maior aumento em números absolutos em um período de 24 horas. Nesta quarta, houve confirmação do primeiro óbito em três cidades: São Sebastião, no litoral, Suzano e Cotia, na Grande São Paulo. Assim, saltou para 16 o número de municípios com mortes pela doença.

Além da capital, as cidades com mortes confirmadas por covid-19 são: Guarulhos, Osasco, Ribeirão Preto, Santo André, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Sorocaba, Campinas, Caieiras, Suzano, São Sebastião, Vargem Grande Paulista e Cotia. As outras duas são da região, Taboão da Serra, que registra o óbito de uma mulher de 84 anos, e Embu das Artes, com morte também de uma idosa, de 82 anos – os idosos formam o principal grupo de risco.

Das 164 mortes, 20 tinham mais de 90 anos; 50 na faixa de 80-89; 45 entre 70-79; 32 de 60-59 anos. Outros 17 tinham menos de 59, todos com doença anterior, o outro grupo mais vulnerável à covid-19. São 96 homens e 68 mulheres. “Diante do volume de notificações e da ampliação da capacidade de diagnóstico e seguindo o compromisso de manter a transparência, alteramos a metodologia de contabilização dos casos por faixas etárias”, disse Germann.

O Estado também registra 2.981 casos confirmados, 27% a mais do que terça – ontem, só Taboão registrou acréscimo de 183% nas confirmações, que passaram de 12 para 34 infectados. O governo adotou como principal medida para conter o contágio pelo coronavírus o fechamento do comércio, que vale até terça-feira, 7 de abril. O governador João Doria (PSDB) disse que ainda não sabe se a restrição será estendida, e que a definição só será anunciada na véspera.

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