Régis é liberada após protesto contra chacina em Itapecerica; 4 morreram a tiros em frente a bar

Moradores atearam fogo em pneus e madeira, e carregavam bexigas brancas como pedido de justiça contra os assassinatos; dois adolescentes estão entre as vítimas

Especial para o VERBO ONLINE

Grupo de cem moradores protesta na rodovia Régis Bittencourt em Itapecerica contra chacina que deixou 2 adolescentes mortos, entre 4 vítimas, no Parque Paraíso | Divulgação

Cerca de cem pessoas protestaram na tarde desta quarta-feira (12) na rodovia Régis Bittencourt na altura do km 287, em Itapecerica da Serra, contra o assassinato de quatro homens – entre eles dois adolescentes de 15 e 16 anos – no Parque Paraíso, em Itapecerica, na noite de segunda-feira (10). Por cerca de duas horas, os manifestantes interditaram a estrada. Por volta das 18h20, o sentido Curitiba foi liberado. Dez minutos depois, o sentido São Paulo foi desbloqueado. 

Após da liberação, a Régis registrou um congestionamento de 8 quilômetros no sentido da capital e de 10 quilômetros para o Paraná, como reflexo do protesto. A manifestação foi acompanhada pela Polícia Rodoviária Federal e pela Polícia Militar. Os moradores atearam fogo em pneus e pedaços de madeira. Apesar dos objetos incendiados, o ato foi pacífico, sem confronto. O grupo carregava bexigas brancas como um pedido de justiça contra as mortes.

A chacina ocorreu por volta das 23h de segunda-feira na avenida Guatemala. Dois homens em uma moto passaram na frente de um bar e efetuaram vários disparos, e fugiram. Seis pessoas que estavam no bar foram baleadas. Os adolescentes, Kauã Gabriel da Silva Santos e Kauã Rodrigues dos Santos, e dois homens, de 33 e 51 anos, Marcos Thiago da Silva Oliveira e Valdivino Silva de Sá, morreram. Um homem de 20 anos e uma mulher de 22, feridos, foram socorridos e liberados.

Na hora do ataque, um videoclipe do MC Pelesinho de Embu estava sendo gravado próximo ao bar. A polícia investiga se a gravação tem relação com a chacina. O cantor disse que os participantes do vídeo tinham ido até o comércio buscar bebidas, mas que as vítimas não tinham relação com o clipe e apenas observavam a movimentação no local. À Record TV, o delegado Roberto Hellmeister disse que o caso está “nebuloso”, mas não sugere rixa entre autores e vítimas.

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