RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Taboão da Serra e Embu das Artes
Condenado por corrupção na fraude do IPTU em Taboão da Serra, em 2011, afastado da Secretaria de Serviços Urbanos de Embu das Artes por “carteirada” em fiscais em favor de comércio, neste ano, e réu por injúria racial por chamar porteiro da prefeitura de “preto safado”, em 2018, Celso Vasconcelos, o Celsinho, não se privou de aparecer em convenções partidárias, mesmo com possível dano eleitoral aos candidatos que apoia, sobretudo em Taboão.
Celsinho apareceu na convenção do “chefe”, o prefeito e candidato à reeleição Ney Santos (Republicanos), em 10 de setembro. Ele ficou ao lado da mesa dos presidentes de partidos e recebeu Ney efusivamente – ele só foi afastado por “recomendação” do Ministério Público e segue recebendo salário, apurou o VERBO. Ele tirou foto com um candidato a vereador de “afinidade”, Maicon Gonçalves (PL) – que também atacava Ney antes de aderir ao governo.
Já no dia 12, Celsinho esteve na convenção do candidato a prefeito de Taboão Eduardo Nóbrega (MDB). Ele chegou a comandar o microfone dos oradores no início do ato. Apontado como um dos coordenadores da campanha, com adesivo de Nóbrega no peito, ele apareceu em foto com outros membros da equipe, Márcio Delfino e Robson Neves. Em julho, Nóbrega almoçou com Celsinho e tentou despistar sobre estar com condenado por corrupção.
“Estava almoçando e ele almoçou comigo, daí se tirar qualquer outra conclusão seria contrariar o bom jornalismo. Celsinho, até onde tenho conhecimento, será candidato a vereador no Embu e o irmão dele é candidato a vereador com o [adversário] Daniel Bogalho”, disse Nóbrega, irritado, ao VERBO. Nenhuma coisa nem outra é verdade. Celsinho é visto em Taboão como um braço de Ney, que em 2018 disse que ia eleger o próximo prefeito da cidade.
