INVERTIDA. ‘Neyzista’ defende governo em cobrar CIP 230% mais cara; moradores reagem

Especial para o VERBO ONLINE

Reportagem do VERBO sobre reajuste exorbitante da CIP em Embu; apoiador de Ney defende alta elevada da taxa e não é poupado por moradores | Reprodução

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Um apoiador do prefeito Ney Santos (Republicanos) tomou uma “invertida” de moradores de Embu das Artes ao tentar defender o governo ao reajustar a CIP (Contribuição de Iluminação Pública) em 230% em apenas dois anos, de R$ 7,22, em 2018, para R$ 23,84, neste ano (faixa de 101-300 Kwh) – e contribuir para o aumento da conta de energia elétrica. O “neyzista” João Manuel Mendonça Junior é ligado ao secretário Alcionei Miranda (Pró-Habitação).

Mendonça, espécie de ativista político de Ney e aliados na rede social, ataca o VERBO desde o início do governo com a afirmação falsa de que este portal é mantido por adversários do prefeito, além de xingamentos. Sobre reportagem acerca da CIP, o “neyzista” se incomodou. “O site ‘jornal’ chato hein… isso é falta de pauta ou pura e simples perseguição ao único prefeito que trabalha pela cidade nos últimos quase 20 anos?”, disse o adulador.

Questionado por uma moradora se não tinha pago, na conta de luz, a CIP com aumento, Mendonça disse que “todos os cidadãos do município são submetidos às mesmas regras”, mas procurou justificar a cobrança considerada abusiva – como outras medidas impopulares do governo. “Qualidade tem preço…”, escreveu. A munícipe perguntou então se o apoiador do governo “acha justo aumentar tanto uma vez que nossos salários não”.

Mendonça disse que “se o reajuste conter qualquer irregularidade o próprio MP [Ministério Público] já teria mandado suspender, ou mandara [sic]”. Outras moradoras reforçaram que a taxa, ainda que legal, é imoral. “Se você acha correto se ofereça e pague por você e pelos outros”, disse uma mulher. Uma terceira munícipe ficou indignada com a fala contra os interesses da população. “Deve trabalhar para você e sua família puxa saco”, falou.

O apoiador de Ney perdeu a compostura. “Como tem gente baixa como você… não vou me rebaixar ao seu nível e debater com você… estou te bloqueando!”, disse Mendonça, sócio-administrador na empresa Grupo Miranda (de Alcionei), segundo ele mesmo se apresenta em rede social. Apesar do “benevolente” apoiador do chefe do sócio defender o governo a qualquer preço, um morador disse não aceitar. “Não vou pagar e vou contestar”, afirmou.

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