RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O prefeito e candidato à reeleição Ney Santos (Republicanos) e o presidente da Câmara Municipal, Hugo Prado (PSB), pré-candidato a vice, sofreram um revés na Justiça Eleitoral ao serem obrigados a retirar das redes sociais publicações de promoção pessoal sobre ações da prefeitura e ainda podem ser condenados a ficarem inelegíveis, em sentença a ser proferida em breve. Várias peças publicitárias postadas diziam “Foi Ney Santos quem fez!”
Ney e Hugo não removeram as publicações com vinculação da imagem pessoal, mas o Facebook excluiu, por ordem da Justiça. Logo que as mensagens saíram do ar, comissionados ligados a Ney e a Hugo, em terceirização do marketing personalista, passaram a fazer postagens de realizações com dinheiro público com o texto incisivo “FOI SIM NEY SANTOS QUEM FEZ!”, até com letras maiúsculas mesmo, em tom de provocação à decisão da Justiça.
Um dos que estão fazendo as postagens é o funcionário comissionado Ivo Messias Amorim, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, mais contundente. “Pode chorar, pode espernear, pode bater a cabeça na parede! Pode até sentar na porta do Fórum, esperar abrir e protocolar, dizendo isto ou aquilo”, escreveu, antes de repetir o slogan eleitoral dos postulantes – julgado, liminarmente, como afronta ao princípio de impessoalidade e moralidade.
Outro propagador é um alto ocupante de cargo político, subordinado a Hugo, o diretor-geral da Câmara, Felipe José dos Santos. Em uma das postagens, Santos até cita dado suspeito, “mais de 600 ruas asfaltadas” – em fevereiro, perguntado que ruas foram “asfaltadas” e quais seriam, Ney calou. As publicações são coordenadas. Amorim fez duas postagens nesta quarta. Santos fez seis, duas por dia, desde segunda, após as propagandas serem removidas.
