RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O pré-candidato a vereador de Embu das Artes Maicon Gonçalves (PL), na coligação do prefeito e candidato à reeleição Ney Santos (Republicanos), indicou ser contra a redução do salário de vereadores, prefeito, vice, secretários e comissionados com altos ganhos durante a pandemia de covid-19. O projeto foi apresentado pelos vereadores André Maestri (Podemos) e Edvânio Mendes (PDT), mas foi rejeitado pelos vereadores aliados a Ney.
Maicon manifestou ser contra a redução do salário dos políticos ao comentar reportagem do VERBO que mostrou que os vereadores não trabalharam nem 30% entre o fim de abril e o fim de junho em relação ao período em 2019, com base na duração das sessões. O texto mostrou que todos os 17 edis tiveram menos “carga de trabalho”, mas ressaltou que os governistas que barraram cortar o próprio salário para investir em ações contra a covid-19.
Numa postura considerada corporativista “antecipada”, sem ainda ser vereador, mas já de olho no “subsídio” dos políticos de Embu pago pelo contribuinte, Maicon criticou este portal e atacou a proposta. “Jornal muito tendencioso. Tá nítido que a palta [sic] de redução de salário é politiqueira em vésperas de eleição porque [sic] não abordou o assunto antes? Não faz muito tempo que o aumento foi proposto e nenhum se opôs”, comentou.
“E outra, os 17 vereadores estão no mesmo nível. Até aqui não vi nenhum trabalhar a mais ou a menos que o outro”, falou Maicon. Não por acaso. Ele, que passou três anos criticando a gestão e até atacou Ney, às vésperas das eleições compôs com o governo e virou defensor em “troca” de benfeitorias, como construção de lombada. Para ser “neyzista”, até abandonou o pré-candidato a prefeito Sargento Ruas (PSL), declarado opositor de Ney.
> A seção “Panorama” é publicada às segundas, quartas e sextas-feiras no VERBO