Manifestantes exigem reabertura de PS e acusam Fernando de enganar população

Especial para o VERBO ONLINE

Manifestantes dão as mãos e "abraçam" o Akira Tada desativado, que deverá ser centro de especialidades

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE

Cerca de mil pessoas, na maioria integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e militantes de partidos, protestaram contra o fechamento do Pronto-Socorro Akira Tada e exigiram a imediata reabertura da unidade, no Parque Assunção (região central), neste domingo, dia 2. Os manifestantes disseram que os moradores da parte oeste de Taboão da Serra ficaram sem um PS próximo e que a inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) não era para substituir o equipamento. O prédio passa por reforma e será um centro de especialidades.

Manifestantes dão as mãos e "abraçam" o Akira Tada desativado, que deverá ser centro de especialidades
Manifestantes “abraçam” o PS Akira Tada desativado, que deverá ser um centro de especialidades

“Fomos surpreendidos com a decisão da prefeitura de fechar o PS Akira Tada, o mais antigo de Taboão. O governo federal construiu uma UPA para a cidade ter um novo equipamento de saúde. E o Akira atende uma demanda desse lado da BR-116 que o outro não tem como cobrir”, protestou o ex-vereador Paulo Félix (PMDB). O ex-vereador Wagner Eckstein (PT) também criticou a decisão do prefeito Fernando Fernandes (PSDB). “A cidade precisa da UPA, mas com o Akira funcionando”, disse. “É uma vergonha para esta cidade perder o Akira”, discursou o vereador Luiz Lune (PC do B).

Ao final, com canto do Hino Nacional, os manifestantes “abraçaram” o antigo PS. Os sem-terra, que engrossaram o ato, marcharam pela rodovia Régis Bittencourt na altura do Jardim Salete até a praça Nicola Vivilechio, onde se encontraram com outro grupo – a via ficou cerca de uma hora bloqueada no sentido São Paulo. Após vários discursos, a caminhada foi retomada e se concentrou em frente ao prédio. As polícias Rodoviária Federal e Militar e Guarda Civil Municipal acompanharam a manifestação, que foi pacífica. A GCM bloqueou rua para evitar protesto diante da casa do prefeito.

Durante a disputa para prefeito, Fernando disse que o Akira Tada, como outras unidades de saúde, sofreria um “choque de gestão”, mas não cogitou encerrar o atendimento do PS no centro, mesmo com a UPA em construção. “Fernando omitiu esse fato durante a campanha eleitoral”, diz informativo do movimento “Reaja Taboão”. Na quinta-feira, o VERBO presenciou Félix orientar um filho e apoiadores a distribuir o jornal na região do Pirajuçara. “O PT e o Lune estão distribuindo em outros locais. É a oposição em ação”, falou. Fernando disse que o ato foi “político”.

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