Governo de São Paulo inicia testes da CoronaVac, a vacina contra o coronavírus

Especial para o VERBO ONLINE

O governador João Doria acompanhou o início dos testes da CoronaVac, que é a vacina contra o coronavírus, no Hospital das Clínicas | Governo do Estado de SP

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em São Paulo

O governador João Doria (PSDB) acompanhou nesta terça-feira (21) o início da testagem da vacina contra o novo coronavírus, no Hospital das Clínicas, na capital paulista, dando início ao estudo conduzido pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science. Ao todo, 890 voluntários, todos profissionais da saúde, receberam a primeira dose da CoronaVac. No Brasil, 9 mil trabalhadores da saúde deverão participar, voluntariamente, da fase de testes, que é a terceira desta vacina, mas a primeira no país.

A previsão é que essa última fase seja finalizada em três meses. A segunda dose do imunizante será aplicada em 14 dias e, durante esse período, os voluntários terão acompanhamento médico. Metade deles está recebendo duas doses da vacina nesse intervalo de duas semanas e a outra metade recebe duas doses de placebo, que consiste numa substância com as mesmas características, mas sem o vírus, ou seja, sem efeito. Haverá um monitoramento dessas pessoas com exames entre os que tiverem sintomas da covid-19. Dessa forma, será possível constatar se quem tomou a vacina ficou imunizado em comparação a quem tomou placebo.

 “Ao longo dos próximos três meses, os voluntários serão acompanhados por uma equipe científica, com acompanhamento inclusive de supervisores internacionais dado ao fato de que essa é uma das mais avançadas vacinas do mundo que entra na sua terceira fase de testes, já tendo superado as fases 1 e 2 com grande sucesso”, disse Doria. O HC coordena o estudo clínico que será realizado em 12 centros de pesquisa de cinco estados e do Distrito Federal. Na capital, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Hospital Israelita Albert Einstein também participam do estudo.

De acordo com o professor titular de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, o HC é considerado o principal centro de atendimento a pacientes graves com a doença no país e com diversos protocolos de pesquisa. Foram selecionados também para realização do estudo, no Estado de São Paulo, o Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas), a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, a Faculdade de Medicina de Rio Preto e o Centro de Saúde da Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

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