Após ‘divulgação equivocada’ de estudo, governo Doria mantém volta às aulas em setembro

Especial para o VERBO ONLINE

O governador Doria e o secretário Rossieli Soares (Educação) confirmam em entrevista na sexta a previsão de retomada das aulas em setembro | Governo de SP

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em São Paulo

O governador João Doria (PSDB) afirmou na sexta-feira (17) que a previsão de retorno às aulas em 8 de setembro está mantida. A confirmação foi feita depois de o secretário-executivo do centro de combate ao novo coronavírus, João Gabbardo, ter considerado reavaliar retomada do ano letivo, diante da análise do professor Eduardo Massad, da Fundação Getúlio Vargas, de que São Paulo e o país não estavam preparados para a reabertura das escolas.

O governo alegou equívoco na divulgação do estudo de Massad, de que poderia haver 17 mil mortes de crianças nas escolas paulistas, quando a estimativa correta é dez vezes menor, de 1.557, ao sustentar que previsão não se referia somente a São Paulo, mas ao Brasil todo. Gabbardo disse que o cálculo feito por Massad tem como base a situação atual da pandemia e não relação com ao quadro de transmissibilidade que haverá daqui a dois meses.

Gabbardo declarou que a estimativa é que em 8 de setembro todo o Estado de São Paulo já esteja, há pelo menos 28 dias, na fase amarela (fase 3) da regra estadual de flexibilização da economia, o chamado “Plano São Paulo”. “Os cálculos feitos pelo pesquisador [Massad] são baseados numa fotografia de transmissibilidade que temos no momento. Isso é muito diferente do que vamos encontrar quando todo o Estado estiver no amarelo”, disse.

“Eu gostaria de colocar [essa informação] como um aspecto de segurança na decisão do ‘Plano São Paulo’, de que a data prevista [8 de setembro] tem esse pré-requisito de todo o Estado estar no amarelo, então vamos viver uma outra situação. Todo o cálculo estatístico feito para essa manifestação, baseado na situação atual, não vale para uma situação futura, em que o Estado vai estar numa fase de muito menor transmissibilidade”, frisou Gabbardo.  

comentários

>