PEDRO HENRIQUE FEITOSA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O prefeito Fernando Fernandes (PSDB) anunciou na quarta-feira (17) reajuste de 19,5% na bolsa do Programa de Apoio Profissional (PAP), espécie de frente de trabalho – o contrato é de um ano, prorrogável por mais um. Os participantes, que hoje ganham R$ 460, passarão a receber R$ 550. Apesar do percentual substancial e de ser uma ocupação provisória, o valor é bem abaixo do salário mínimo – representa apenas um pouco mais da metade (55%) dos R$ 998.
Fernando fez o anúncio em missa no Cemur realizada pelo Santuário Santa Terezinha com os contratados presentes. Apesar do valor ainda muito baixo, ele se disse “muito feliz em poder promover este reajuste”, ao ressaltar que deverá ser aplicado já em abril. “Os PAPs são merecedores por toda dedicação. Não é fácil em um período de crise econômica dar um aumento, mas convoquei o secretário de Fazenda, Adelço Bührer, para que fizéssemos este esforço”, declarou.
O programa auxilia centenas de moradores pertencentes a famílias de baixa renda que estavam desempregados há mais de um ano – a prefeitura não divulgou exatamente quantos são beneficiados. Eles trabalham seis horas por dia, de segunda à sexta. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico dá a oportunidade de qualificação aos bolsistas, com cursos das escolas municipais profissionalizantes, além de palestras, para que se recoloquem no mercado de trabalho.
No dia 1º, o prefeito concedeu reajuste de 9% aos servidores municipais efetivos, que, porém, estavam sem aumento há cerca de 20 anos e viram o salário ser corroído pela inflação de 35% só durante a “era Fernando”, desde quando mais recentemente o tucano assumiu o governo, em 2013. Por outro lado, os salários terão um “gatilho” de correção da inflação todo dia 1º de maio. No entanto, apesar da promessa, os abonos não foram incorporados aos vencimentos.
No anúncio de Fernando, estavam presentes a deputada estadual Analice Fernandes (PSDB), os vereadores Rita da Saúde (PSDB), Johnatan Noventa (PTB), Cido da Yafarma (DEM), Priscila Sampaio (PRB), Joice Silva (PTB), Ronaldo Onishi (SD), Eduardo Nóbrega (PSDB), Alex Bodinho (PPS) e Érica Franquini (PSDB). Depois de “baterem” no prefeito, Nóbrega, Bodinho e Érica voltaram à base governista após discutirem aumento aos servidores municipais e negociarem cargos.
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