Alunos e pais vivem pânico com boato de ‘massacre’ em escola no Jd. Santa Emília

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

A escola estadual Irmã Iria Kunz, no Jardim Santa Emília, em Embu das Artes, teve horas de pânico na tarde desta sexta-feira (5) após “conversa” de que ia ter um “massacre”. Estudantes em choro passaram a ligar aos pais, que chegaram desesperados para pegar os filhos. Crianças e adolescentes dos responsáveis que compareceram foram dispensados. Mas não passou de um boato, que a direção atribuiu a alunos inconsequentes. A Polícia Militar chegou a ir ao colégio.

Escola estadual Irmã Iria Kunz
Escola estadual Irmã Iria Kunz, que teve ‘alvoroço’ nesta 6ª com boato de ataque como o de Suzano há 20 dias

Às 14h45, um pai de aluno de 8 anos, no 3º ano do ensino fundamental, presenciou a agitação em frente à escola. “Falaram que ia ter um massacre, aí teve uma muvuca lá dentro e acabou a direção dispensando os alunos”, contou à reportagem. Alguns pais receberam ligação da escola para buscar os filhos. “Ligaram para minha mulher. As crianças estavam chorando por causa dos meninos mais adultos que ficaram apavorados no recreio. Foi um alvoroço”, falou.

A direção confirmou a incidente na escola. “Teve um boato aqui de que ia ter um massacre na escola, e os alunos começaram a esparramar. Aí um monte de alunos começou a chorar, eles começaram a ligar dos próprios celulares para os pais virem buscar. Os alunos dos pais que vieram, nós liberamos. No 7º ano, sobrou bem pouquinho aluno. Às 3 e meia [da tarde], soltamos todos”, contou a professora que está responsável pelo colégio. O diretor está em férias.

A “conversa” foi alarme falso, mas deixaram pais também em pranto. “A escola ficou toda em pânico, os alunos ficaram todos alvoroçados, mas não aconteceu nada. As crianças que ficaram estão saindo no horário normal, às 6 horas. Foi uma brincadeira de mau gosto de alguns alunos que quiseram deixar a aula, cabular. Mas foi aquela correria, pais chegaram chorando, tremendo, desesperados. A gente falou: ‘Leva o seu filho, vai fazer o quê, não é verdade?'”, disse.

Mais de cem alunos teriam ido embora por causa do boato – no dia 13 de março, dois ex-alunos entraram em escola de Suzano (Grande SP) e mataram cinco estudantes e duas funcionárias. À noite, apenas parte dos alunos teria aula – prova -, e depois o colégio teria reunião para formar o conselho escolar e a associação de pais e mestres. Pais, alunos e professores protestam contra a atual gestão. “Vamos ficar calmos que tudo se resolve”, disse a diretora substituta.

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