PEDRO HENRIQUE FEITOSA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Após longa reunião de negociação que marca a volta à base governista, cinco dos seis vereadores do “BIH” – com exceção de André Egydio (PSDB) – fecharam nesta segunda-feira (25) acordo com Fernando Fernandes (PSDB) para votar a favor dos vetos do prefeito às emendas que fizeram ao orçamento em troca de que Fernando envie à Câmara ainda nesta semana, na quinta-feira (28), projeto de lei de aumento salarial aos servidores de Taboão da Serra.
A votação já tem data. O projeto de lei de aumento aos servidores irá a plenário na segunda-feira (1º), às 17h. “O prefeito Fernando Fernandes e o presidente Marcos Paulo apertaram as mãos e fizemos o acordo de que até quinta-feira será enviado o projeto de lei que faz a recomposição e dá aumento ao funcionalismo”, disse Eduardo Nóbrega (PSDB) na sessão nesta terça-feira, que ainda acontece. Ele estava empenhado na volta do “BIH” ao seio fernandista.
Nóbrega se defendeu da crítica que passou a ouvir de ser “vendido”, justificou que a causa do servidor é maior e que há pessoas que “torcem pelo quanto pior melhor”. André, que deixou o “BIH” e anunciou se somar ao oposicionista Moreira (PSD), sentiu-se atingido e pediu aparte. “Sou vereador da oposição, mas tudo [projetos do governo] que for bom para a população votar a favor. Agora, não temos o projeto [ao servidor], temos promessas do prefeito”, cutucou.
Marcos Paulo reconheceu que “é um voto de confiança, porque o projeto não está na Casa”, mas festejou o acordo, inclusive com desdém à efeméride do dia de votação. “É 1º de abril, mas quem achou que era mentira [a atuação dos opositores] vai ver um projeto verdadeiro que vai mudar a história do funcionalismo. Não é pegadinha, vai ser o dia da justiça para os nossos funcionários municipais. Não é covardia, é gesto de grandeza [o acordo com o prefeito]”, disse.
Os dissidentes não falaram quanto será o aumento. Conforme apurou o VERBO, o prefeito prometeu dar de 8% a 10% sobre o abono incorporado. Porém, as outras demandas, como bilhete único, ainda estão sendo discutidas. Apesar do acordo, eles falam que não voltaram à base. “Ainda não, vamos esperar o aumento dos funcionários”, disse um vereador. Eles acertaram ainda prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 90, para regularização da situação dos camelôs.
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