Em gestão caótica, Ney gastou R$ 5 milhões no ‘Natal Iluminado’ e ‘Central da Copa’

Especial para o VERBO ONLINE

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

O prefeito Ney Santos (PRB) gastou cerca de R$ 5 milhões com a decoração natalina e shows na praça central de Embu das Artes, o chamado “Natal Iluminado”, e com estrutura para mostrar a transmissão de jogos da Copa do Mundo neste ano, também no largo 21 de Abril, segundo o site “Primeiro Notícias”. Ney, que sonegava o valor das despesas, decidiu pagar pelos eventos com recurso da prefeitura enquanto a saúde municipal registra caos, entre outras áreas da gestão.

Ney
Ney na abertura do ‘Natal Iluminado’ neste ano e questionamento do VERBO sobre custo que não respondeu
Palco
Palco é montado para telão e shows na Copa, com Ney sob críticas; ‘Central’ e ‘Natal’ custaram R$ 5 mi, diz site

De acordo com o site, o “Natal Iluminado” custou R$ 4 milhões em 2017 e neste ano, quando a decoração foi ampliada e ganhou mais luzes – o governo, por meio das secretarias de Turismo e Cultura, instalou mais de 1.400 luzes, além de ter colocado neve artificial, na praça central, e iluminação decorativa em outros pontos da cidade. Também ao longo de um mês, pagará a locação de palco e aparelhagem de som para realização de shows nos fins de semana na praça.

Com a chamada “Central da Copa” – a exibição de jogos do Brasil no Mundial da Rússia -, o governo gastou em torno de R$ 1 milhão, com locação de telão, palco e som, ainda segundo o site. À época, em junho, o VERBO noticiou que Ney sofreu avalanche de críticas pela “realização” ante gritantes problemas em áreas prioritárias como a saúde já “caótica” e até a cultura. Também os expositores da Feira de Artes e Artesanato protestaram ao acusar que eram prejudicados.

“Faz mais de 3 meses que não tem kit de diabetes nos postos, não tem remédio. A saúde está largada às traças. O que me deixa com raiva é que o prefeito disse que a prioridade dele seria a saúde”, protestava Liliam Crem. “[Na] UPA está morrendo gente, só tem Dipirona e Buscopan, [e] este cara pensando em assistir Copa na praça”, dizia Adair Santana. “Voltar às aulas na escola de música nada né? E olha que já estamos na metade do ano!”, falava Renato Gonçalves.

De lá para cá, o quadro só piorou. Em agosto, o bebê da adolescente R. D., 17, morreu após a maternidade municipal fazer parto após o tempo devido. Em novembro, a adolescente Victória, 13, morreu após ser atendida, com bronquite comum, na UPA Santo Eduardo por médico acusado de esquema de corrupção na secretaria. Fora a falta de médicos e remédios, não pagamento a profissionais de saúde. Agora, mais servidores da prefeitura também estão sem receber.

O VERBO noticiou no dia 14 sobre a decoração de Natal em Embu, que recebeu elogios de moradores e visitantes. O prefeito elogiou a reportagem. “Oh meu Deus do céu, aleluia, parabéns pela matéria, sr. Rômulo [Ferreira, diretor do site]. Show de bola, até que enfim vocês reconheceram um pouquinho do nosso árduo trabalho, das nossas ações positivas. Muito obrigado”, disse Ney. Ele foi questionado, porém, sobre o gasto com a iniciativa. Aí não respondeu.

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