ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Um elevador do Hospital Geral Pirajussara, em Taboão da Serra, caiu do terceiro ao primeiro andar com 13 pessoas dentro e deixou pelo menos quatro feridos, na sexta-feira (2) de Finados. As vítimas apontam que um segurança teria colocado pacientes que aguardavam outro elevador para subir no que já estava cheio e se excedeu a capacidade de peso do equipamento. A causa do acidente, porém, ainda é apurada pelo HGP, gerido pela organização privada SPDM.
Testemunhas relatam que a equipe do hospital demorou mais de uma hora e meia para retirar as vítimas do elevador, por não haver nenhum bombeiro ou socorrista do HGP, e foi preciso esperar o técnico do fabricante do equipamento chegar. Funcionários disseram que o Corpo de Bombeiros não foi chamado em razão de procedimento do hospital, contou uma mulher que estava dentro do elevador – ela ficou indignada. O acidente foi noticiado pelo “Jornal na Net”.
Um homem que estava dentro do elevador relatou que o equipamento saiu do primeiro andar, parou no segundo, abriu a porta, mas não desceu ninguém. “Em seguida, subiu para o terceiro e, quando a porta abriu, desceu”, contou. Ainda de acordo com a vítima, do terceiro para o segundo andar, a queda não foi livre. No entanto, “do segundo para o primeiro, ele caiu de vez”, comentou. Com a queda, o forro do elevador, de acrílico, caiu na cabeça de uma mulher.
Durante o tempo que passaram dentro do elevador, alguns ocupantes tentaram buscar uma saída, mas logo desistiram com medo por não saber em que andar estavam. Após serem retirados pelo técnico, as vítimas ainda tiveram que ir até o quinto andar para abrir ocorrência. Um homem contou que o que mais aborreceu as vítimas foi a demora do socorro e o tratamento recebido de funcionários. Um segurança teria dito que o que ocorreu era normal e começado a rir.
A SPDM informou que os elevadores do hospital “passam por manutenção preventiva regularmente, sendo que a última ocorreu no mês de outubro” e que apenas o que teve o acidente “encontra-se em manutenção”, os “outros três elevadores da unidade permanecem em funcionamento”. O HGP disse que prestou “assistência necessária aos envolvidos na ocorrência” e os levou ao pronto-atendimento para avaliação, mas “ninguém precisou ser internado”.
“Foi aberta uma sindicância interna para apurar o caso”, afirmou o hospital, que adiantou, porém, que dispõe de equipe de brigadistas, mas que por segurança não pode realizar a abertura do elevador, e que a empresa foi logo acionada e chegou ao local em cerca de 30 minutos. O HGP, referência em atendimento clínico e cirúrgico para 2,7 milhões de pessoas de Embu das Artes, Taboão e mais 15 municípios, está sob supervisão da Secretaria Estadual da Saúde.
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