Como Fernando previu, Embu rejeita gestão Ney nas urnas com derrota de Ely e Hugo

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra e Embu das Artes

O prefeito Ney Santos (PRB) recebeu nas urnas a resposta de reprovação da população de Embu das Artes pela má gestão que realiza com a derrota dos candidatos que lançou – a própria irmã Ely Santos (PRB) e Hugo Prado (PSB), a deputada federal e deputado estadual, respectivamente -, conforme previu o prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes (PSDB). Antes aliados, os vizinhos romperam publicamente após Ney “se meter” na política taboanense.

Ney
Ney, que ‘se meteu’ na política de Taboão e confrontou Fernando; prefeito vizinho após votar em 7 de outubro

Na inauguração de comitê da irmã em Taboão, no dia 25 de agosto, Ney anunciou a investida na cidade vizinha. “Escuta bem o que vou falar para vocês que são de Taboão da Serra. Deste projeto, vai sair uma deputada federal. Pode escrever o que estou falando. Deste projeto vai sair o presidente da Câmara de Taboão da Serra do próximo mandato. E o mais importante, é deste projeto que vai sair o próximo prefeito de Taboão. O povo clama por mudança”, discursou.

Nem o “dever de casa”, porém, foi feito. Com a empáfia de votação até “recorde” na região, Ely e Hugo fracassaram mesmo com Ney como cabo eleitoral – ele se afastou da prefeitura por mais de 30 dias para atuar nas campanhas. Em análise mais ouvida, com o governo rejeitado, ao criar a taxa de lixo e ofertar saúde precária, entre outras deficiências, Ney “contaminou” os candidatos, além de ter arranjado briga com Fernando, e teve a “resposta” popular no voto.

Nem a máquina da gestão Ney em peso surtiu efeito. Hugo, da coligação PSB-PSC-PPS-PTB-PV, teve insuficientes 46.757 votos e ficou só com a quinta suplência. Presidente da Câmara – que pretendia deixar o mandato de vereador pela metade -, teve na região 27.697 votos (59,2% do total). Em Embu, obteve pífios 16.655 votos (35,6%). Em Taboão, com apoio de cinco vereadores e cinco suplentes (que representavam 29 mil votos), recebeu só 20% dos votos deles: 5.830.

Chamada de “poste” por não ter militância política e ser colocada por Ney como candidato-tampão após a desistência de Léo Novais (PR), Ely teve apenas 49.426 votos e ficou como segunda suplente – o grupo de Ney alardeava que teria 120 mil votos. Na região, ela obteve 32.729, 66,2%, mas em Embu amargou desastrosa marca de 15.400 (31,2%), menos ainda do que Hugo, em prova cabal de rejeição ao irmão como prefeito. Em Taboão não teve nem 10 mil (9.908 votos).

No dia 7 de setembro, a um mês do pleito, Fernando criticou Ney por se licenciar da gestão para pedir voto em Ely enquanto Embu “está muito mal cuidada”, e disse que os embuenses já achavam a atitude um grande erro. “Absurdo. É mais importante o governo ou a eleição? Largar a prefeitura, me perdoe, não é uma atitude para se vangloriar. […] Ah, eles [moradores] já pensam. Pergunte a eles. As urnas vão dizer o que o morador de Embu pensa”, disse o tucano.

> Compartilhe pela fanpage do VERBO ONLINE

comentários

>