Com o pai secretário e apoiador de Doria, Paulinho não vê insegurança no caso Dilma

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

O vereador Marcos Paulo (PPS) eximiu a política de segurança do governo do PSDB e não viu relação entre a falta de policiamento em Taboão da Serra e o assassinato da copeira Dilma Oliveira na sessão na terça-feira (21). Dilma foi violentada após ser abordada por um homem quando saía para trabalhar de madrugada. Paulinho apoia o candidato a governador tucano João Doria, e o pai, Walter Paulo, é secretário de Segurança da gestão Fernando Fernandes (PSDB).

Vereador Marcos Paulo (PPS) na sessão em que disse que
Paulinho na sessão em que disse que efetivo maior da PM não evitaria morte de Dilma, atacada ao ir trabalhar

Em plenário, vereadores expressaram indignação pela morte de Dilma e cobraram maior segurança em Taboão para parar a violência que vitimou a moradora do Saint Moritz, mãe de cinco filhos. A presidente Joice Silva (PTB) destacou programa para conscientizar homens a não voltar a agredir mulheres, mas disse que “temos, sim, que ir às ruas solicitar do governo do Estado mais policiamento, muitas Dilmas saem todos os dias às 4 da manhã para trabalhar”.

Cido (DEM) disse que os vereadores, “como representantes do povo, temos que lutar de todas as formas” para “evitar que tantas Dilmas e Marias sejam assassinadas cruelmente”. “Seja melhorando a iluminação pública, seja cobrando que o governo aumente o efetivo da Polícia Militar”, disse. Ele falou que “a segurança é dever do Estado, mas também é de todos” ao defender o monitoramento por câmeras. No entanto, o sistema deve ser implantado pelo poder público.

O vereador Ronaldo Onishi (SD) também cobrou “resposta” da polícia quando notoriamente os assaltos mais ocorrem. “Temos que parar de ficar somente nos registros. Todo mundo sabe que o pico de ocorrências é de manhã quando se sai para trabalhar e à noite. Precisamos que as forças de segurança deem uma resposta. A mulher sozinha na rua quando vê um homem na sua direção sente pânico. Não precisa de boletim de ocorrência para saber disso”, advertiu.

Presidente da Comissão de Segurança, Érica Franquini, que é do PSDB, foi eloquente. “Eu já tinha falado que ia pedir uma audiência pública para tratar sobre a segurança das mulheres na hora que vão trabalhar, às 4 da manhã. Não tem ronda ostensiva nesse horário. Precisamos urgentemente pedir para ter, não só à GCM [Guarda] como à PM também. Como vereadores, não podemos nos calar, vamos cobrar na audiência ronda ostensiva nesses horários”, afirmou.

Na cobrança de maior segurança, a exceção foi Paulinho, que disse que nenhum efetivo maior da PM evitaria a morte de Dilma, como se o policiamento fosse satisfatório no município. “Infelizmente, a gente pode colocar 20 mil homens da Polícia Militar aqui em Taboão da Serra ou em cada município, que eles vão dar um jeitinho [de atacar]”, disse. Contra estuprador, ele defendeu que a mulher se arme e não considerou nenhuma ação preventiva da polícia ou do governo.

Marido de Dilma, o comerciante Nilton César criticou o prefeito ao questionar a utilidade da base da GCM próxima ao local onde a copeira foi atacada. “Se [alguém] for assaltado do lado, eles não podem sair [da base] para dar proteção à pessoa, bandido que leva vantagem. Eu queria saber do prefeito onde está essa segurança, ele falou que instalou base em todo lugar, mas não resolve nada. Por que não manda a guarnição para a rua? Sabe que o lugar é perigoso”, disse.

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