RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O secretário municipal de Segurança de Embu das Artes, Denis Viana, não se manifestou sobre um guarda municipal ter cumprido a ordem de impedir o VERBO de se aproximar do palanque e fazer fotos do lançamento das pré-candidaturas de Ely Santos (PRB), irmã do prefeito Ney Santos (PRB), e Hugo Prado (PSB), presidente da Câmara de Embu, a deputado federal e estadual, respectivamente, no domingo (1º), no parque Francisco Rizzo (região central).
O VERBO foi barrado quando ia entrar na tenda onde ocorria o ato político, pelo lado direito, pouco antes do meio-dia. O GCM Marcio (à paisana) foi taxativo: “Você do VERBO não pode entrar aqui nem fotografar”. Apesar de o repórter informar que tinha sido convidado pelo pré-candidato Hugo para o lançamento, ele ignorou e alegou que o evento era “fechado”. No entanto, outros órgãos de imprensa entraram e foram saudados com boas-vindas pelo cerimonial.
O comandante da GCM, Marco Viana (irmão de Denis), apareceu, falou com o guarda e ao ouvir que não era para o VERBO entrar endossou a ordem, diante do repórter. Em vez de garantir o acesso, ele procurou questionar o site e alegou que Marcio não estava no ato como GCM, que estava de folga. Mas, conforme apurou este portal com fontes do governo, a informação foi capciosa. “Estava de folga lá, mas ganhando hora extra”, disse um servidor ligado à GCM.
O VERBO foi acompanhado pelo GCM durante todo o tempo em que ficou no local, até deixar o evento – fez fotos (parte sem ser notado) da perseguição do “cão de guarda” em vários horários (12h07, 12h08, 12h19, 12h20, 12h32, 13h09, 13h23, 13h28, e 13h29, quando foi seguido até o portão). Além do comandante da GCM, o subcomandante Vitor Marinho também viu a ação do subordinado e se limitou a dizer que o repórter “está acostumado” com tais situações.
O VERBO questionou Denis: “Meu repórter, Adilson Oliveira, foi impedido por um GCM, Marcio, subordinado ao senhor, de cobrir o lançamento da pré-candidatura de Hugo Prado e Ely Santos. A ordem partiu mesmo do senhor?”. Denis visualizou a mensagem, mas calou. Conforme o VERBO apurou, porém, a ordem teria partido do secretário adjunto Abertino Dutra. “Foi ordem dele, ele é pau mandado dos caras”, disse o servidor ligado à GCM. Ele não foi localizado.
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