Ely e Hugo lançam pré-candidaturas a deputado; vereador critica serviços do PSDB

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no centro de Embu das Artes

A ex-presidente do Fundo Social de Embu das Artes Ely Santos (PRB), irmã do prefeito Ney Santos (PRB), e o presidente da Câmara Municipal, Hugo Prado (PSB), lançaram neste domingo (1º), no parque Rizzo, no centro de Embu, a pré-candidatura a deputada federal e a deputado estadual, diante de várias lideranças da região. Ely prometeu lutar por mais recursos para a região e pela construção de um hospital em Embu. Hugo criticou serviços da gestão do PSDB.

Hugo
Entre Ely (esq.) e Ney (atrás), Hugo discursa com crítica à falta de alça ao rodoanel e ao HGP, serviços do PSDB
Ely é abraçada
Ely, pré-candidata a federal, e pastor Marco, chefe de gabinete de Ney, abraçam-se ao lado do prefeito e Hugo
LLLLL
Sarcástico, GCM tenta impedir que o VERBO registre público durante discurso de Hugo, já com cadeiras vazias

No ato, Ney pediu o reconhecimento da população à gestão, rejeitada por atos como ter criado a taxa do lixo. “Se os 180 mil eleitores de Embu fizessem uma reflexão e esse grupo de lideranças for porta a porta bater, os dois sairiam eleitos da nossa cidade”, afirmou. Ele disse ter conseguido em Brasília em menos de dois anos R$ 40 milhões de verbas e frisou que Ely, se eleita, terá direito a R$ 15 milhões, e Hugo, se vitorioso, mais R$ 10 milhões para indicar às cidades.

Após Ney, Ely – nome-tampão após a desistência de última hora da idealizada candidatura de Léo Novais (PR) e tachada por rivais até como “um poste” lançado pelo irmão – discursou com foco na saúde. “O nosso dinheiro está lá em Brasília [e não retorna] porque não temos representante para trazer verbas para mudar a nossa história. Temos que nos unir para trazer o nosso sonhado hospital. É um absurdo uma cidade de 270 mil habitantes não ter um hospital”, afirmou.

Último a falar, Hugo, prefeito interino no primeiro mês de mandato (2017) com Ney – procurado pela Justiça – foragido, disse que assumiu “uma cidade falida”, apesar de integrar a gestão anterior (Chico Brito, então PT), e lembrou ações do governo. Ele citou a criação da Secretaria Municipal de Segurança, a implantação da Romu (grupo de elite da GCM), “qualificação” de educadores e reforma de escolas. Ele omitiu ter subido a tarifa de ônibus de R$ 3,20 para R$ 3,80.

Hugo esboçou a plataforma, quando apontou deficiências de responsabilidade do PSDB. “O povo de Embu-Guaçu tem o anseio de uma alça de acesso para o rodoanel. Juquitiba quer melhorias na BR e na iluminação na entrada da cidade. A nossa cidade-mãe, Itapecerica da Serra, é cortada pelo rodoanel e também não tem alça, tem que vir a Embu para acessar. Deixaram o prédio da Dersa abandonado, podia ser um AME [especialidades médicas] para Itapecerica”, disse.

Ao falar de Taboão da Serra, Hugo causou constrangimento ao criticar o Hospital Pirajuçara e o transporte e se dirigir ao vereador Eduardo Nóbrega, que é do PSDB. “Meu amigo e futuro prefeito de Taboão, Eduardo Nóbrega, precisamos lutar pela melhoria do atendimento do HGP, o povo de Taboão está sofrendo com a saúde precária. Precisamos ainda discutir a mobilidade urbana”, salientou. O metrô até Taboão, promessa do PSDB a cada eleição, não saiu do papel.

Apesar das estocadas, Hugo disse que fará uma campanha “sem falar mal de ninguém”. Ele citou, porém, outro ponto de discórdia com o PSDB. “Em um ano e meio, conseguimos do governador Márcio França [PSB] mais de R$ 7 milhões para o maior plano de asfaltamento de Embu, 350 ruas serão asfaltadas”, disse. Mês passado, ao lado do pré-candidato a governador João Dória, em Taboão, o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) acusou França de “barganha eleitoral”.

O ato reuniu cerca de mil apoiadores, mas dezenas de cadeiras ficaram vazias quando Hugo e Ely discursaram. Após destacar a construção de um empreendimento privado em Embu, um shopping, mas que, segundo ele, trará “10 mil empregos”, e a instalação de uma universidade também particular, Hugo prometeu o hospital, apesar de obra cara. “O primeiro projeto que iremos trazer para a nossa cidade e região é o tão sonhado hospital geral de Embu”, finalizou.

CENSURA
Apesar de convidado por Hugo para o lançamento, o VERBO foi perseguido e impedido de chegar ao palanque e fazer fotos por um guarda municipal (não fardado), o GCM Marcio. Apesar de o site citar o convite de Hugo, ele foi tachativo: “Você do VERBO não pode entrar aqui nem fotografar”. O comandante da GCM, Marco Viana, viu a cena e endossou a ordem. Em respeito ao leitor, este portal permaneceu no local e ouviu os discursos por caixas de som para informá-lo.

> Colaborou o fotógrafo César Vieira, especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
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