ANA PAULA TIMÓTEO
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) prestou homenagem póstuma à artista plástica, folclorista, coreógrafa e ativista do movimento negro e das religiões afro-brasileiras Raquel Trindade na Câmara dos Deputados, no dia 17. Ícone da arte em Embu das Artes e da cultura nacional, Raquel morreu dia 15, em São Paulo, aos 81 anos, de infecção após cirurgia no coração, foi levada em cortejo pelo centro de Embu e enterrada no dia 16 no Cemitério do Rosário.
Em breve discurso no plenário da Câmara Federal, Valente lamentou a morte de Raquel, lembrou que a artista era filha do poeta e teatrólogo Solano Trindade, fundador do Teatro Popular Brasileiro – em Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense, nos anos 1950 -, e a exaltou como “exemplo de ativismo na cultura, no movimento negro e na educação”. “Ela viveu o maior tempo nessa cidade [Embu – por 57 anos], fazendo o melhor em matéria de arte”, afirmou ele.
“Era considerada a rainha Kambinda, em alusão à nação africana matriarcal. Raquel concentrava enorme sabedoria e erudição, tendo sido docente da Unicamp [Universidade Estadual de Campinas] e responsável pela extensão da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo] de identidade cultural afro-brasileira. Foi fundamental também na denúncia do racismo estrutural. Como disse o poeta Vaz: ‘Tem gente que morre e fica ainda mais viva’. Raquel é para sempre”, disse.
VEJA PRONUNCIAMENTO DO DEPUTADO FEDERAL IVAN VALENTE EM HOMENAGEM A RAQUEL TRINDADE
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