ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O portal da prefeitura de Embu das Artes foi invadido no domingo (15) por um hacker e teve a página inicial alterada com uma mensagem contra a corrupção e pedido de renúncia do presidente Michel Temer (MDB), cuja foto surgiu na “home”. O responsável pelo ataque cibernético assinou como “D4RKRON”. O site ficou desativado por algumas horas e deu mostra de que é vulnerável, apesar do discurso do governo Ney Santos (PRB) de que é “moderno” e “avançado”.
Sob a mensagem “Prefeitura de Embu das Artes Hackeada por D4RKRON”, o responsável escreveu: “Corrupção há em todo lugar, mas no Brasil corrupção virou cultura política. O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons. O mau político carrega consigo aparência de humildade fingida […]. Se não há justiça para o povo, que não haja paz para o governo”.
O governo Ney não fez nenhum esclarecimento à opinião pública sobre o ataque, se ocorreu perda de informações e dados, que providência foi tomada – em grupo de rede social com a imprensa, não disse uma palavra sobre a fato. Com a mensagem removida, a Secretaria de Gestão Tecnológica e Comunicação colocou no site o informe “Caros internautas Nosso portal sofreu um ataque Hacker e por este motivo, [sic] retiramos do ar”. O site foi restabelecido na segunda.
O autodenominado hacker já lançou o ataque a muitas administrações municipais e órgãos de governo em várias partes do país. No segundo semestre do ano passado, o grupo invadiu site de seis prefeituras do Estado de Sergipe, com o mesmo teor contra o presidente da República. A invasão virtual à prefeitura de Embu teria sido aleatória, apesar de Ney ter apoiado o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e ser um dos entusiastas apoiadores de Temer.
A invasão gerou críticas ao secretário Jones Donizette, que inflou o orçamento da Comunicação de R$ 2,1 milhões para seis vezes mais (R$ 13,2 milhões) e tem usado o cargo para atacar munícipes e até vereadores. “13 milhões. E nem para colocar um firewall decente. Incompetência ou burrice?”, indaga um morador, sobre aviso da barreira virtual (“parede corta-fogo”) de proteção de dados. “Jones Donizette falou que o site era inraqueável”, ironizou um leitor do VERBO.
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