RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O secretário de Comunicação do prefeito Ney Santos (PRB), Jones Donizette, e o então subsecretário da pasta Renato Oliveira atacaram o VERBO como “fake news” e um jornalista deste portal por meio de site “clandestino”. Curiosamente, ao contrário das difamações que lançam no “São Paulo Urgente”, Jones e Renato antes repercutiam notícias do VERBO ou faziam elogios até rasgados à equipe deste jornal online pela inteligência das reportagens e qualidade dos textos.
O “SP Urgente” publicou – com erros gramaticais crassos – difamações de que o VERBO “tem sido alvo de processos judiciais por espalhar de forma veemente noticias [sic – falta acento] falsas e de cunho politico [sic – falta acento] na cidade de Embu das Artes e região” e que vem “supostamente a [sic – é com “h”] alguns anos recebendo de 2 a 5 mil reais por mês por parte de políticos ligado [sic – “ligados”] ao partido dos trabalhadores na cidade de Embu das Artes”.
O “SP Urgente” não tem jornalista responsável e é registrado no exterior – foi usado um site americano para ocultar o dono. Mas Renato e Jones estão mandando, em grupos de WhatsApp, que comissionados da prefeitura compartilhem textos do VERBO que alteraram e as difamações. “Jones e Renato são os únicos que mandam na linha de transmissão do site”, disse um interlocutor de ambos. Eles são apontados como notórios criadores de “fakes” para atacar pessoas.
Na campanha eleitoral em 2016, porém, Jones repercutiu reportagem do VERBO, assinada pelo proprietário e editor-chefe do site, jornalista Rômulo Ferreira, que dizia que “Geraldo [Cruz] se lançou à sucessão municipal, mas está sujeito a ter a candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo pelo uso indevido de jornal de Embu […]”. Como a notícia publicada era crítica ao adversário político de Ney, Jones não “achou” que o VERBO era “fake news”.
Em setembro do ano passado, porém, Jones passou a atacar o VERBO depois deste portal noticiar que Geraldo teve aprovada emenda de R$ 200 mil para ser investida na saúde de Embu, mas Ney não foi assinar o convênio para obter o recurso, porém, de forma “seletiva” – retirou de outro parlamentar. Como a reportagem questionava o governo Ney, Jones começou, nas redes sociais, a tachar o VERBO de “jornal do PT” e de “portal político”. Desafiado a provar, calou.
Dois dias depois, em 15 de setembro, o VERBO noticiou que Jones foi funcionário “fantasma” da prefeitura de Embu e no governo do PT, de Chico Brito, que quando assinou a nomeação ainda era do PT e apoiava Ney às escondidas. Jones recebia mais de R$ 7 mil. “Fiquei sabendo pela reportagem de vocês, […] essa portaria dele ficou bem enrustida mesmo, viu? Ele não trabalhou em canto nenhum da prefeitura. Só recebia o salário”, disse o então secretário Paulo Giannini.
Jones passou a ter que responder aos munícipes – que não pagam imposto para sustentar “fantasma” – sobre ter sido “cabide de emprego do PT” sem trabalhar. Apesar de este portal ter publicado a portaria de que foi nomeado sem ter dado expediente sequer um dia, ele ainda dizia que cabia ao site provar. “O Verbo apresentou documentos concretos. Você era ou não fantasma?”, cobrou a moradora Camila Olivera. O “Assombrones”, como passou a ser conhecido, calou.
Renato resolveu “defender” o chefe imediato. Em grupo de WhatApp do governo com a imprensa, ele disse ser “bizarro responder alguma coisa do VERBO“. “Mas vamos continuar trabalhando, porque ter que perder tempo, respondendo a um portal extremamente político é até triste”, disse Renato. O VERBO disse no grupo que era “estranho” o auxiliar de Jones ser tão hostil se curtia tanto as reportagens deste portal até recentemente, em reservado e até publicamente.
O VERBO postou no grupo um print de uma notícia enviada, em privado, para Renato, crítica a Léo Novais (Serviços Urbanos) – com a manchete “Secretário de Ney deixa buracos e mato para trás e vai entregar material escolar”. O subsecretário adorou e cobriu de elogios este portal. “Vocês fodem nós. Mas tenho que confessar. Sou fã de vocês [emojis de chorar de rir]. Ainda vou ter vocês escrevendo na nossa equipe [emojis sorridentes e de “prometo”]”, disse.
Renato não ficou por aí e deu “like” e comentou sobre reportagem crítica também ao chefe imediato. O repórter deste portal disse no grupo: “Puxa, […] o sr. é fã declarado do VERBO mesmo hein…”. E postou print do texto sobre Jones ter “maquiado” sobre a violência em Embu – “Embu tem alta de crimes contra vida; governo Ney omite e alardeia os menos graves”. “Fui o primeiro like depois de uma hora de post [da notícia]. Sou seu amigo merrrmo hein”, exultou Renato.
Ridicularizado, Renato postou uma foto de mau gosto e comentou: “Eu e minha mania de curtir o Verbo“. Ele mudou de assunto. Indiciado pela Delegacia Seccional de Taboão da Serra e denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio triplamente qualificado pelo atentado contra o repórter e chargista do VERBO Gabriel Binho, Renato hoje nem está mais no grupo, tirado por pressão da imprensa. Jones, que também atacava o VERBO, calou após a revelação.
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