PEDRO HENRIQUE FEITOSA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
A Câmara de Taboão da Serra decretou lutou oficial de três dias pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (14). Marielle, 38, foi morta junto com o motorista Anderson Gomes, 39, na rua Joaquim Palhares, no Estácio (zona norte do Rio), quando voltava de uma roda de conversa intitulada “Jovens Negras Movendo Estruturas”. O carro foi atingido por nove tiros. A polícia trabalha com a hipótese de execução.
Marielle estava acompanhada da assessora Fernanda Chaves, que estava no banco de trás e sobreviveu. Nascida e criada no Complexo da Maré, uma das regiões mais violentas da cidade, Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições em 2016, com 46.502 votos. Na Câmara, presidia a Comissão da Mulher e no mês passado foi nomeada relatora da comissão que acompanhará a intervenção federal na segurança do Rio. Ela era contra a ocupação militar.
Durante os três dias de luto, as bandeiras do pátio da Câmara de Taboão vão permanecer a meio mastro. Para a presidente Joice Silva (PTB), que decretou o luto, o Rio deve ao Brasil o esclarecimento do crime e a punição exemplar dos assassinos. Ela se solidarizou com familiares, amigos e apoiadores que acompanharam o trabalho da vereadora. “O assassinato da vereadora Marielle Franco expôs ao país mais um caso absurdo de violência contra a mulher”, disse.
“Vimos que ela era uma vereadora jovem, negra, atuante, destemida e comprometida com a lutas das mulheres por respeito, igualdade e conquistas sociais. Ao que tudo indica, ela foi assassinada em consequência das cobranças que fazia como representante legítima da população. Nós, vereadoras, somos minorias nas câmaras municipais Brasil afora e todas carregamos um pouco de Marielle Franco”, disse Joice, 34, a primeira mulher a presidir a Câmara de Taboão.
> Com informações da assessoria da Câmara de Taboão da Serra
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