Porta e Lune se acusam sobre funcionários ‘fantasmas’ na prefeitura

Especial para o VERBO ONLINE

Porta e Lune na sessão em que apontaram funcionários "fantasmas" nos governo Evilásio e em gestão anterior Fernando

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no Jardim Maria Rosa, em Taboão da Serra

Os vereadores Marco Porta (PRB) e Luiz Lune (PC do B), de Taboão da Serra, se acusaram na terça-feira, dia 6, em relação à existência de funcionários “fantasmas” sobre os quais teriam responsabilidade quando eram, respectivamente, vereador em outro mandato e secretário de Esportes. O embate eclodiu após Porta apontar que Lune foi conivente e criticar fala do opositor de que alguns livre-nomeados estavam na sessão só para delatar servidores da Usina que pleiteavam aumento.

“Você não veio anotar quem está presente para depois levar para o prefeito? Você ganha bem”, disse Lune, em tribuna. “Não é normal essas pessoas estarem participando, de repente, quando aqui estão servidores massacrados por baixos salários”, completou. Porta atacou. “É muito ruim o senhor expor pessoas. Tem divididas que não vale a pena entrar, V.Exa., quando secretário, tinha um funcionário que morava em Campinas e não vinha trabalhar, era da pasta de V.Exa!”

Porta e Lune na sessão em que apontaram “fantasmas” no governo Evilásio e em gestão anterior de Fernando

Porta se referiu a Eder Massoco. Ele foi secretário de Esportes do prefeito Evilásio Farias (PSB) em 2005 e 2006 e em 2007 foi substituído por Lune, mas permaneceria na pasta para “cuidar de projetos esportivos com articulação com o governo federal”. Porém, teve nomeação para outra secretaria e depois passou a gerir o programa Jopec (inclusão de jovens), como assessor especial do gabinete do prefeito. “Ele não ia todo dia”, “perambulava muito pela prefeitura”, disseram ex-colegas.

Em aparte no discurso de colega de oposição, Lune voltou à tribuna e contra-atacou. “Me refiro a quem quiser, o senhor chame a atenção de seus parentes e amigos, não deste vereador. Não sei por que comprou a briga [do funcionário], todo mundo aqui conhece o estilo de governo do Fernando Fernandes e quem anda ao lado dele. E a sua mãe está bem? Só para lembrar. Desculpe o rancor, mas para subestimar a mim e vocês [servidores] tem que ser muito cara de pau”, falou.

Lune recordou, de forma não explícita, denúncia do “SPTV”, da TV Globo, de que Porta, quando vereador pela primeira vez, mantinha a própria mãe como funcionária “fantasma” na prefeitura em 2002, em governo anterior de Fernando Fernandes. A reportagem mostrou que ela tinha barraca de camelô no largo Treze, em Santo Amaro (zona sul da capital). “Segundo os colegas, passa o dia aqui, mas também é funcionária da prefeitura, na função de assessor comunitário”, dizia.

Porta lamentou que Lune citou um familiar, mas não tocou no caso. Contudo, no discurso inicial, disse que “nesse tipo de dividida, de expor pessoas, eu não entraria”, o que fez alguns presentes lembrarem o escândalo à época. Mas a maioria desconhecia o episódio e tirou conclusões erradas. Apesar de acusar o colega, Porta foi secretário de Governo e Finanças de Evilásio e não denunciou “fantasma” na prefeitura. Ele não falou com jornalistas. O VERBO não localizou Massoco.

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