André chama Jones de ‘sem-vergonha’ e remete a crime a que secretário responde

Especial para o VERBO ONLINE

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Atacado nas redes sociais pelo secretário de Comunicação do prefeito Ney Santos (PRB), o vereador André Maestri (PTB) aproveitou a última sessão ordinária da Câmara de Embu das Artes antes do recesso, na quarta-feira (13), para reagir às investidas e disse que Jones Donizette é um “cabra sem-vergonha” e que nem mora em Embu. Ao afirmar ter “passado limpo”, ele deu a entender sobre o crime a que Jones responde – estelionato no esquema de “pirâmide”.

Vereador André Maestri (PTB) discursa
André Maestri (PTB) faz discurso em que chama secretário Jones Donizette de ‘sem-vergonha’ e ‘aventureiro’
Secretário Jones Donizette
Secretário Jones Donizette na sessão no último dia 6 em que atacou vereadores de oposição via redes sociais

Em balanço do primeiro ano de mandato, André avaliou que, apesar de em certos momentos ter “aquela depressão por ser crucificado” injustamente, seguiu na “defesa da população”, quando reagiu aos ataques. “Por mais que secretário do alto escalão tenha tentado construir algo para denegrir a minha imagem, a nossa imagem [oposição], eu mantenho o desafio a esse secretário. Eu tenho passado limpo e transparente”, disse, em contraponto aos “antecedentes” de Jones.

“Eu não tenho medo de enfrentar os problemas. Agora, por tudo aquilo que ele tentou fazer, montagem, desconstruir a nossa imagem, um dia a Justiça da Terra, na qual acredito que vai acontecer, e a divina vão cobrar dele. Eu vou manter até o final a transparência no meu mandato, pode fazer perseguição ou qualquer outra coisa. Não vai ser um cidadão… Cidadão não. Não vai ser um cabra sem-vergonha como esse que vai montar alguma coisa para me denegrir”, afirmou.

Em nova estocada na vida pregressa de Jones, André o chamou de “aventureiro”. “Continuo desafiando ele, vamos para a rua comigo, eu sou nascido nesta cidade, não cheguei aqui como aventureiro. Eu o desafio a conhecer qual foi a minha formação, formação de família e técnica-profissional. Isso me dá respaldo para desafiar e fazer um mandato propositivo. Não é dizer que os vereadores da situação estão trabalhando e os da oposição estão dormindo”, protestou.

“Em momento algum estive dormindo, não vim aqui para dormir. Pelo contrário, em várias pautas, pensando no meu posicionamento, passei a noite sem dormir pela preocupação e responsabilidade não sobre o meu ego, mas sobre o futuro da cidade. Quer me pautar como oposição despreparada, seja solícito ao anseio da população. [Jones] Veio aqui na última sessão, fez filmagem e falou que vereador era despreparado. Por que não posta a minha fala?”, reagiu.

André voltou a desafiar Jones e mandou um recado. “Eu o desafio a falar que estou errado. Não vou aceitar tentar desmerecer aquilo que escolhi [posicionamento contra a taxa de lixo]. Antes de falar de vereador, pense bem, vereador é autoridade, eleito por voto popular para representar a população. Assim como secretário é escolhido para exercer sua função”, advertiu, sobre o despreparo do secretário em usar o cargo para atacar munícipes e lideranças da cidade.

Sobre despreparo, Luiz do Depósito (PMDB) acusou Jones de esbanjar dinheiro público às custas da população carente, na contra-mão de ações positivas do governo, como a criação da Romu (GCM). “Por isso eu falo, quando você faz coisa boa, o povo reconhece, não precisa um secretário querer gastar R$ 600 mil para fazer impulsionamento em Facebook. Sempre vai faltar remédio, a demanda é grande, mas R$ 600 mil em remédio ajudaria bastante pessoas”, criticou.

Na mesma linha de André, Luiz sugeriu que Jones é um forasteiro que não se importa com Embu. “As pessoas precisam ter atenção especial, não é justo gastar com internet, não precisa. E vou dizer mais, todos os erros do prefeito é porque ele tem em volta pessoas que não conhecem a realidade de Embu, tem uns aí que nem moram aqui. Essas luzes da praça [decoração natalina] logo vão apagar. Igual eles”, disparou o vereador, que foi o mais votado na coligação de Ney.

Jones responde a inquérito policial, junto com o secretário adjunto Renato Oliveira, sobre casos de estelionato em relação a “negócios” no esquema de “pirâmide”, conhecido golpe para angariar dinheiro fácil, denunciado por vítima até no Peru. “Lá tem vários BOs contra eles”, disse um interlocutor. Em fevereiro, a Delegacia Central de Embu, ao receber o caso da Seccional de Taboão da Serra, notificou Jones e Renato a depor, através de Ney. A investigação continua.

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