Sob hino do Corinthians, padre João, ‘conselheiro’, é enterrado em cemitério em SP

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no Morumbi, em São Paulo

Centenas de fiéis e amigos, além de familiares, acompanharam neste sábado (11) o enterro do padre João Rodrigues Idalgo, no Cemitério Gethsêmani no Morumbi (zona sul de SP). A missa de corpo presente reuniu o bispo de Campo Limpo (diocese à qual o padre pertencia), dom Luiz Antônio Guedes, e cerca de 20 padres, entre eles os monsenhores Aguinaldo de Carvalho e Thomaz Raffainer, atual e ex-pároco do Santuário Santa Terezinha em Taboão da Serra.

Padre João Idalgo em 2013 na missa do dia de Santa Terezinha
Padre João em 2013 na missa do dia de Santa Terezinha em Taboão; era vigário do santuário havia cinco anos
Membros do clero, amigos e fiéis seguem caixão em cortejo fúnebre
Membros do clero, familiares, amigos e fiéis seguem caixão no Cemitério Gethsêmani após missa de despedida

Após a celebração exequial, os participantes do último adeus ao padre seguiram, com os sacerdotes à frente, o caixão em procissão entre silêncio e cantos religiosos, durante 15 minutos, até o túmulo. “O padre era tão simples, tão conselheiro, tão atencioso”, disse uma fiel ao longo do cortejo fúnebre. O caixão estava coberto com uma bandeira do Corinthians. Quando o corpo baixou à sepultura, um sobrinho puxou o hino do clube paulistano e foi acompanhado.

Padre João morreu no fim da manhã de sexta-feira (10), aos 61 anos. Era vigário do Santuário Santa Terezinha em Taboão – era auxiliar de monsenhor Aguinaldo havia cinco anos, desde 2012. Nascido em 24 de junho de 1956, batizado com o nome do santo do dia (São João Batista), e ordenado padre em 28 de agosto de 1994, no início da vida clerical, João trabalhou de 1993 (então ainda diácono) a 2003 na Paróquia Bom Jesus de Piraporinha (zona sul de SP).

Depois, padre João atuou na Paróquia Sagrado Coração de Jesus no Parque Ipê (zona sul de SP). Voltou à Paróquia Bom Jesus de Piraporinha. Ele foi mais tarde ser missionário no Mato Grosso. Mas não suportou o calor naquele Estado e teve orientação médica para retornar. Com a saúde debilitada, foi trabalhar no santuário em Taboão. Ele enfrentava problemas crônicos de saúde e se submetia a hemodiálise. Estava no hospital Alvorada (zona oeste de SP) ao morrer.

Apesar de limitações, padre João era muito querido, como demonstram fiéis e padres em publicação do VERBO sobre a morte dele. “Fez parte de uma fase da minha vida. Um padre que tinha uma certa dificuldade na oratória, mas muito humilde a aberto à proximidade dos fiéis. Obrigada, padre João! Descanse nos braços do Pai”, comentou Graça Alves. “Obrigado pela vida entregue em meio a tantas dificuldades. Descanse merecidamente”, disse padre Rubens Cabral.

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