RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O secretário de Comunicação de Embu das Artes, Jones Donizette, voltou a usurpar a função institucional do cargo que ocupa para fazer política e passou a falar no dia 28 de outubro que o prefeito Ney Santos (PRB) “cala a oposição” com ações à frente da administração. Mas já três dias antes a vereadora Dra. Bete (PTB) desmontou o marketing falacioso do governo ao apontar que a base da GCM no Jardim Santo Eduardo inaugurada só há três meses “só anda fechada”.
Jones postou em redes sociais e mandou a moradores em grupos de mensagem de texto e até para a imprensa em grupo da Comunicação da prefeitura 14 ações que deram certo, seguidas de suposto discurso contrário da oposição que teria sido desbancado pelo êxito das iniciativas. Uma das medidas listadas é justamente na área da segurança. Ele diz que o prefeito, entre outras realizações, “instala bases de segurança”. Mas Ney só instalou uma, a do Santo Eduardo.
Ney inaugurou a base no Santo Eduardo (um contâiner adaptado), inspirada na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Rio de Janeiro, no dia 15 de julho. Foi pródigo em prometer que funcionaria “como se fosse uma delegacia, um posto policial”. “A ideia é que fiquem dois guardas na base e uma viatura com dois ou três guardas. […] Se o munícipe vem à base e faz uma ocorrência, os guardas chamam no rádio, e a viatura tem que estar de prontidão por aqui”, disse.
A promessa ou garantia do prefeito se mostrou um engodo, mostrou a vereadora na sessão no último dia 25 ao se dirigir ao vereador Índio Silva (PRB), em discurso sereno, mas revelador. “Gostaria de pedir para você, que é o líder do governo, [providência sobre o fato de que] tem muita reclamação da base fechada. Hoje mesmo você postou que tinha um corpo ali próximo, naquele riozinho, e às 10, 10 e meia da manhã a base [da GCM] estava fechada”, falou Dra. Bete.
Os vereadores discutiam indicação de Índio de instalação de videomonitoramento na praça onde está a base, mas Dra. Bete enfatizou o descaso na segurança. “É muito importante colocar essas câmeras, mas vai precisar ter alguém para ver as câmeras, e a base está ficando muito fechada. Não sei se você sabe se a base fica aberta só das duas às 10 [da noite], se é só à noite ou só de manhã, mas uma boa parte do dia em que a gente passa lá a base está fechada”, frisou.
O vereador Luiz do Depósito (PMDB) também criticou, irônico, o funcionamento precário da unidade da GCM. “A base na rua Maringá foi inaugurada, [mas] depois disso praticamente virou um caixote pintado com o nome da GCM lá, ficou a Deus dará. Deu resultado só na primeira semana, infelizmente. Você sabe disso, Índio, o pessoal [população] liga, reclama pelo Face. Que faça uma base da forma que foi prometida e inaugurada”, disse. O vereador Índio silenciou.
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