ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no Jardim São Miguel, em Taboão da Serra
Delegado de Taboão da Serra disse na quarta-feira (26) que a investigação sobre o desaparecimento do empresário Fábio Mariano Martins caminha para o pior dos desfechos, o de que o proprietário de loja de automóveis no Parque Pinheiros foi “executado”. Ivan Teixeira, da 1ª Delegacia de Taboão, afirmou que não é “normal” uma pessoa com o histórico da vítima “sumir por tanto tempo” e que já tem a alcunha do suspeito, que seria ligado ao crime organizado.
Casado e pai de duas crianças pequenas, Fábio desapareceu no dia 21 após ir cortar o cabelo. Segundo a mulher, Aline Pria, o carro que estava com Fábio foi achado na rua Elpídio José Oliveira, no Jardim Maria Rosa, em Taboão, com a porta do motorista aberta e sem a chave na ignição. Aline verificou se alguma movimentação bancária foi feita, mas não houve retirada de dinheiro ou gasto com cartão de crédito. Ela acredita, porém, que o marido foi vítima de um crime.
“Ele [Fábio] continua sumido, mas a gente já tem a alcunha do provável autor. Agora, é importante diferenciar, uma coisa é esclarecer o fato, outra coisa é prender o sujeito, principalmente porque crime organizado não tem endereço. Mas a gente está próximo de falar ‘foi tal sujeito’, devido a câmera de segurança, carro envolvido. Por coincidências da vida, chegou um investigador de Embu que é nascido e criado em Taboão, conhece os meandros”, disse o delegado.
Indagado sobre o crime de que o suspeito seria acusado, Teixeira citou o pior dos cenários. “A gente está trabalhando com a hipótese de o desaparecido ter sido executado, de que está morto. E não desaparecido, não há razão para um homem saudável, sem histórico de drogas, doença mental, dívidas, sumir. Essa pessoa não some, estatisticamente não tem um porquê. A gente caminha para uma coisa um pouco mais desagradável para a família”, afirmou o delegado.
Delegado há quase 20 anos, Teixeira indicou que a investigação está avançada. “Já ouvimos um monte de gente, exame pericial, exame de DNA já foi solicitado hoje [quarta]. Tomara que até o final da semana tenhamos o nome do sujeito, a alcunha já temos, mas é crime organizado”, disse, ao explicar que com o nome “a gente puxa a foto nos sistemas”. Ele abordou o caso no Conseg Monte Alegre, no Senac. Após o relato, a reunião foi tomada de silêncio de consternação.
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