ADILSON OLIVEIRA
Enviado especial do VERBO ONLINE a Santo André (SP)
As meninas do Taboão da Serra pecaram nas finalizações e perderam para o Santo André por 2 a 1 de virada, fora de casa, no ginásio Noêmia Assumpção, no jogo de ida das semifinais do Metropolitano de Futsal, no sábado (10). Com a derrota, o time deixou de ter a vantagem do empate no decisivo jogo e precisa vencer nos 40 minutos regulamentares para na prorrogação poder empatar, nesta quinta-feira (15), feriado de Corpus Christi, no ginásio Zé do Feijão, às 16h.
Apesar de visitante, o Taboão dominou o Santo André, pressionou o tempo inteiro e teve inúmeras oportunidades de marcar e ampliar. O time começou arrasador e abriu o placar aos 33 segundos de bola em jogo, com a ala Aline. Mas, sem sucesso na conclusão das jogadas, não “matou” a partida e deixou a equipe do ABC criar algumas boas chances e fazer dois gols, com Carolina aos 9 min53 do primeiro tempo e Helen a um minuto do fim, aos 19 da segunda etapa.
A autora do gol do triunfo do Santo André destacou a estratégia do time de esperar o adversário, recuperar a bola e buscar balançar a rede. “Sabíamos que ia ser um jogo pegado, não é fácil enfrentar o Taboão tanto em casa como lá, mas viemos com a proposta de jogar atrás e no contra-ataque conseguir o objetivo, a vitória. Não tem nada ganho ainda, temos que vencer lá, esperar que também vai vir paulada. Tem mais 40 minutos para resolver”, disse Helen.
Depois de vazada logo no início do jogo, a goleira do Santo André fez grandes defesas e foi decisiva para a equipe, que não se afobou para buscar a vitória. “A gente é um time novo, então os padrões de ataque não saem como a gente quer, também pela qualidade do Taboão, que ataca muito bem. Mas tivemos paciência de marcar, colocar o pé na bola certinho, se eu fui bem na partida tenho que agradecer ao meu time. Foi digno de uma final esse jogo”, disse Érica.
O técnico do Santo André disse que as comandadas foram muito aplicadas em quadra. “Estamos refazendo a equipe, perdemos seis meninas de uma temporada para outra, três inclusive para o Taboão. O resultado foi muito bom, a gente treinou a marcação à goleira-linha, assistiu várias vezes o vídeo [do Taboão] contra São José. Sofremos bastante, o Taboão atacou a gente demais, mas tivemos sucesso numa jogada e fizemos o gol da vitória”, disse Valmir Pantigas.
A técnica do Taboão lamentou as jogadas não convertidas em gol. “A gente jogou bem, desarmou muito, teve várias oportunidades tanto de ataque e contra-ataque, mas foi infeliz demais nas conclusões. Notei também certo cansaço no segundo tempo, por conta do número de atletas à disposição”, disse Cris Souza, sobre quatro desfalques. “Mesmo assim, tivemos mais chances que o adversário, só que isso não ganha jogo. Faltou competência em finalizar”, analisou.
O Taboão sofreu o segundo gol ao utilizar a goleira-linha (uma atacante a mais, com gol aberto). “A goleira-linha sempre foi um ponto forte [do Taboão]. É um risco, [mas] a gente é muito confiante em colocar, tendo oportunidade vou pôr novamente. Claro, a gente vai treinar mais para ser mais eficiente. A gente queria levar o resultado de vitória para casa, já que vinha de uma derrota. Não foi menosprezo ao adversário, nada disso, foi uma estratégia de jogo”, disse Cris.
“O torcedor que me conhece, conhece a equipe sabe que a gente não joga para empatar, joga para ganhar. É o que ele vai ver na quinta, a gente vai jogar tudo o que tem de carta na manga para ganhar”, enfatizou a técnica, que lembrou o gol a favor para evocar precisão. “Com menos de um minuto, a gente deu dois chutes a gol. No terceiro a gente roubou a bola, e a Aline acertou a ‘gaveta’. Só assim para a goleira não pegar, tinha que ter tido mais chutes na ‘gaveta'”, disse.
ARBITRAGEM
O juiz Sérgio Dionísio bateu boca com pequeno número de torcedores do Taboão, a maioria mulheres, com a bola em jogo, em cena inusitada, diante do VERBO. Cobrado a apitar “direito”, ele se virou e disse: “Você quer apitar?” Dionísio acusou um rapaz de o ameaçar com arma. O grupo disse que ele mentiu e chamou o jovem e uma moça de “noia”. Dois PMs foram chamados. O juiz só iniciou o segundo tempo após exigir a saída do rapaz do ginásio. O grupo se revoltou.
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