RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Servidores da educação de Taboão da Serra participam nesta terça-feira (16) da sessão da Câmara para forçar os vereadores a pressionar o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) a abrir diálogo com a categoria, que cobra reposição salarial – 12 dos 13 parlamentares são da base de apoio ao governo. “Prefeito, cadê nossos reajustes? Cadê os dias melhores para os funcionários da educação de Taboão da Serra – negociação já!”, diz grupo em cartaz no plenário.
Os servidores protestaram nesta segunda-feira (15) em frente à Secretaria Municipal de Educação para cobrar uma posição do secretário sobre a greve. “Marcamos uma atividade do largo do Taboão até a Secretaria de Educação com uma bateção de panela. Marcamos a nossa presença aqui para que o secretário João Medeiros não esqueça que parte da secretaria está parada”, disse o presidente do Siproem (sindicato da categoria), Adenir Segura, ao “Taboão em Foco”.
Segura questionou o fato de as crianças estarem indo às escolas sem a presença de professores, auxiliares, inspetores, entre outros, nas unidades. Por volta do meio-dia, os servidores deixaram a frente da secretaria, “sem que o Siproem tenha sido recebido pelo secretário de Educação João Medeiros”, informaram. A greve entrou na terceira semana – começou no dia 2 -, com adesão de parte dos funcionários da educação, principalmente os que são ligados ao Siproem.
Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial e a concessão de vale-transporte. Procurado pelo “TF” ontem, João Medeiros teve o celular atendido por um assessor, que informou que ele estava em almoço. O prefeito propôs reunião no dia 25 de maio para discutir as reivindicações, mas com o fim da greve. Os servidores rechaçaram ao avaliar que aceitar a imposição desmobilizaria o movimento. Tinham também receio de que Fernando desmarcasse a reunião.
Na campanha em 2016 – de reeleição após ter chegado à prefeitura quatro anos atrás com o mote “Dias melhores virão” -, Fernando prometeu dar aumento aos funcionários públicos se a arrecadação da prefeitura crescesse. “Lógico [dar aumento], mas estou colocando uma condição, ela é responsável, é ter aumento de arrecadação. Se a gente fosse irresponsável e dado aumento com a arrecadação caindo, chegamos em 2013 a arrecadação caiu o tempo todo”, disse.
Grande parcela dos servidores da educação ganha salário muito baixo. O grupo presente à Câmara mostra cartaz com os dizeres “Prefeito Doutor Fernando Fernandes, te desafio a sustentar tua família com o nosso salário: Na assembleia, uma servidora exibiu o cartaz “Prefeito de Taboão, te desafio a sustentar sua família com nosso salário: ADE – R$ 730, inspetor – R$ 730, ADI – R$ 835, auxiliar de classe – R$ 900″ […] A greve continua, prefeito a culpa é sua – negociação já”.
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