ALCEU LIMA
Do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
Nesta sexta-feira, dia 21, Embu das Artes tem mais uma caminhada, a quarta das seis programadas, pelo mês da mulher no município. A ação faz parte da campanha de enfrentamento à violência contra a mulher, um dos crimes mais odiosos no país e que requer conscientização à população para combate. Os participantes irão caminhar hoje por ruas da região do Jardim Santo Eduardo, com início em frente à escola estadual Elizete de Oliveira Bertini (rua Avaré, 37, Dom José).
O grupo de mulheres, composto por funcionárias da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Qualificação Profissional e moradoras das regiões visitadas, e alguns homens percorrem ruas de bairros e distribuem panfletos, colam cartazes da campanha e entoam canções e palavras de apoio à causa. O mote é “Quem ama não mata, não agride, não maltrata – homens e mulheres pelo fim da violência contra a mulher”. O foco, porém, são o homem e o comportamento machista.
No evento de abertura, no dia 12, no Centro Cultural Santo Eduardo, a secretária interina Roberta Santos alertou para o aumento no número de vítimas de violência atendidas no Centro de Referência da Mulher desde 2012. “Há pouco tivemos conhecimento do caso de uma moradora do São Marcos estrangulada pelo companheiro. A violência está mais próxima do que imaginamos e muitas vezes é praticada por pessoas de nossos círculos sociais, não podemos ficar inertes a isso.”
O CRM divulgou ter atendido 1.741 mulheres alvo de agressores em 2013, das quais 468 vítimas de violência física, 432, de violência psicológica, 415, de ameaças, 65, de violência sexual, 54, de injúrias e 25 vítimas de privação patrimonial. Em 2012, atendeu 1.134 mulheres vítimas de violência, aumento de 54% nos casos. O CRM oferece apoios psicológico, social e jurídico – funciona na rua Dona Bernardina, 37, centro, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h; tel.: 4704-0238.
As duas últimas caminhadas serão na próxima segunda-feira, dia 24, no Jardim Vista Alegre, com saída em frente à igreja Santa Otília, às 13h, e na quarta, dia 26, no Jardim Pinheirinho, a partir também das 13h, com concentração inicial diante do Cras no bairro. “As pessoas precisam ter noção de que muitas vezes não se trata, apenas, de uma briga de casal, mas de violência. É preciso mudar o pensamento”, disse o morador Carlos Sidney da Lima, 41, segundo a prefeitura.