ANA PAULA TIMÓTEO
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
A defesa do prefeito eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB), afirmou que vai entrar agora com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), depois de ter ingressado três vezes com pedido da liminar, duas no Tribunal de Justiça de São Paulo e uma no Superior Tribunal de Justiça, em todas negada. Denunciado por ligação com facção criminosa e tráfico de drogas, Ney busca anular ordem de prisão de que é alvo. No sábado (28), ele completou 50 dias foragido.
No dia 25, a Câmara cancelou a posse a Ney por falta de quórum. Conforme apurou o VERBO, a grande maioria dos vereadores, aliada a Ney, faltou em estratégia da defesa do foragido, para não abrir prazo para decretação da vacância do cargo. Advogados buscavam ganhar tempo à espera do habeas corpus. Sem ainda a decisão do STJ, o Legislativo convocou a sessão para sexta. Após negada a liminar, e quando Ney mira o STF, remarcou para esta quarta (1º), às 16h.
“O primeiro passo que vamos tomar é entrar com um novo habeas corpus, e no Supremo. Isso já está decidido”, disse o advogado Francisco Tolentino à rádio Bandeirantes na sexta-feira. Ney apela pela liminar para que possa assumir a prefeitura sem ir parar na cadeia – quase um mês após a data de posse, ele ainda não assumiu o cargo. Após a Justiça de Embu e o TRE-SP negarem a posse, ele conseguiu autorização de um ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ney seguiria a tática da defesa do prefeito eleito de Osasco (SP), Rogério Lins (PTN), acusado de participar de esquema de contratação de funcionários fantasmas e ficar com os salários. Depois de também ter negados habeas corpus pelo TJ-SP e pelo STJ, Lins recorreu ao STF. Ele teve outra negativa no STF em decisão do ministro Luiz Fux e chegou a ser preso, mas foi libertado após se entregar – era considerado foragido. Hoje, responde ao processo empossado prefeito.
Quando a defesa fez as tentativas de habeas corpus, Lins estava em viagem ao exterior, aos Estados Unidos. Ele se entregou antes da data da posse, em 25 de dezembro, depois de “apenas” 19 dias foragido. Quatro dias depois de preso, foi solto pelo TJ-SP, mediante pagamento de fiança de R$ 300 mil. O desembargador Fábio Gouvêa considerou que Lins “se apresentou espontaneamente”, não representando “risco à ordem pública e à aplicação da lei penal”.
Ney teve a prisão decretada, a pedido pelo Gaeco (grupo de combate ao crime organizado) do Ministério Público, no dia 9 de dezembro. O advogado Joel Matos disse, porém, que Ney estava em viagem havia quatro dias, desde o dia 5, e “não fugiu”. Contudo, Ney aparece em seu perfil no Facebook em reuniões em Embu no dia 6 e, então presidente da Câmara, esteve na sessão no dia 7 – amigo pessoal de Ney, Matos é hoje chefe-de-gabinete do prefeito interino Hugo Prado, aliado do prefeito foragido. Conforme o VERBO revelou, Ney ainda procurou inutilizar provas de ação criminosa.
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Nova eleição já em Embu das Artes temos que escolher o nosso prefeito de fato chega de tanto mi mi pi pi.
E os vereadores da “oposição”, porque faltaram? Tirando o Carlinhos […] (Presidente da Casa) e a vereadora eleita presente, não deveriam estar lá os outros 4 vereadores de oposição eleitos? Ué, né!?