ANA PAULA TIMÓTEO
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, negou mais um pedido de habeas corpus ao prefeito eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB). Com a decisão, proferida na tarde desta quarta (25), Ney segue impossibilitado de assumir o cargo, procurado pela Justiça – se aparecer, será preso. Ele está foragido há 47 dias, desde 9 de dezembro, quando o Ministério Público deflagrou operação em que é denunciado por integrar organização criminosa e tráfico de drogas.
A negativa ao habeas corpus foi uma decisão do ministro Humberto Martins, presidente em exercício do STJ. “Não concedida a medida liminar de Claudinei Alves dos Santos […] Certifica, por fim, que o assunto tratado no mencionado processo é: crimes previstos na Legislação Extravagante”, diz. Por meio dos advogados, Ney tinha entrado com o pedido na segunda-feira (23), depois de duas tentativas de habeas corpus negadas no Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
No meio jurídico, uma decisão favorável a Ney era considerada remota. “Duvido que saia, sem ele se entregar e com o PCC no meio numa época dessas [responsável por motins em presídios pelo país]. É improvável que, no recesso, o presidente em exercício do STJ vá se ‘queimar'”, comentou uma autoridade a par da ação criminal contra Ney. O prefeito foragido foi autorizado a ser diplomado e a tomar posse pelo ministro do TSE Napoleão Nunes Maia Filho.
Nesta quarta, a Câmara de Embu cancelou sessão extraordinária para dar posse a Ney por falta de quórum. Dos 17 vereadores, apenas dois compareceram. Como apurou o VERBO, a grande maioria faltou em estratégia da defesa de Ney. Se o vice Dr. Peter (PMDB) fosse empossado, Ney teria dez dias para se apresentar sob risco de a Câmara decretar vacância do cargo e abrir caminho para nova eleição. Advogados buscavam ganhar tempo à espera do habeas corpus.
Apesar de Ney não ter aparecido, para não ser preso, Dr. Peter foi à Câmara, mas não foi empossado. Uma nova sessão extraordinária foi convocada para esta sexta-feira (27), às 17h. Com a nova derrota nos tribunais sofrida por Ney, os vereadores podem reconsiderar a estratégia e comparecer para empossar o vice, integrante da chapa eleita em 2 de outubro. Enquanto a posse não ocorre, o presidente da Câmara, Hugo Prado (PSB), segue como prefeito interino.
> Compartilhe pela fanpage do VERBO ONLINE
Espero que estes vereadores no dia primeiro de fevereiro não fiquem com dor de barriga novamente isto é lamentável na próxima eleição não vamos esquecer.!
Posição lamentável doa vereadores! Esquecem que 4 anos passa rapido