RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O vice-prefeito eleito de Embu das Artes, Dr. Peter (PMDB), está proibido pela Justiça Eleitoral de assumir o cargo por ter a diplomação suspensa, motivo para não ter podido tomar posse no domingo (1º), mas está “despachando” normalmente com o prefeito interino Hugo Prado (PSB). Ele tem conduta que pode ser considerada desobediência a decisão judicial, já que é afetado por ação contra o prefeito eleito. Ney Santos (PRB) é foragido da Justiça desde o dia 9.
Denunciado por promotores do Gaeco (grupo de combate ao crime organizado), do Ministério Público do Estado de São Paulo, Ney é réu por tráfico de drogas, associação a facção criminosa (PCC) e lavagem de dinheiro, processo criminal que teve reflexo, porém, na Justiça Eleitoral, o que comprometeu a condição de eleito do vice-prefeito. É que parte da campanha eleitoral da chapa, que inclui Dr. Peter, foi financiada com dinheiro do crime, de acordo com o MP.
Na terça-feira (3), Dr. Peter participou do anúncio do novo secretariado dentro da prefeitura, no gabinete do prefeito, chamado à frente por Hugo, ao lado de quem permaneceu o tempo inteiro. Já nesta quinta-feira (5), ele – que é médico – participou de uma agenda externa e acompanhou o prefeito interino em uma visita ao Pronto Socorro Central. O secretário de Saúde, José Alberto Tarifa – anunciado por Ney ainda durante transição de governo -, esteve presente.
Em reportagem publicada ontem, indagado pelo VERBO, o juiz Gustavo Sauaia, que acatou pedido de promotores do Gaeco para negar posse a Ney e Dr. Peter, declarou: “Espero que a Prefeitura seja exercida por aquele judicialmente determinado para tanto, e tão somente por aquele. A chapa eleita só deve administrar, direta ou indiretamente, quando e se houver decisão judicial que assim a autorize, sob pena de indesejável desobediência a ordem da Justiça”.
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