Incêndio provocado por vela deixa 3 crianças de 2 a 6 anos feridas em Taboão

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Um incêndio provocado por uma vela acesa durante falta de energia elétrica deixou três crianças feridas em estado gravíssimo em uma casa na rua Andradina, no Jardim Record, em Taboão da Serra, na noite desta quinta-feira (13). De acordo com vizinhos, duas meninas e um menino, com idades de 2, 4 e 6 anos, ficaram com o corpo quase todo queimado. Um adulto e outras duas crianças estavam no imóvel de número 103, mas não foram atingidos pelo fogo.

Frente e quintal da casa no Jd. Record que sofreu incêndio que deixou crianças com queimaduras gravíssimas

Sem a presença da mãe, que estava trabalhando, as duas meninas e o menino estavam no quarto dos fundos e eram cuidados por uma tia, que estava com as filhas, na parte da frente. Sem energia, a irmã da mãe das crianças colocou a vela acesa sobre a TV e foi amamentar a filha de 1 ano, quando pegou no sono. “A luz acabou aqui [no bairro] era umas 8 horas, ia e voltava, e num descuido a vela queimou a televisão e pegou fogo”, disse a vizinha Eva do Nascimento, 40.

A vizinhança ficou em pânico. “Ah, tem criança, né? Eu, que tenho sete, fiquei doida. Todo mundo ficou doido, quem não fica apavorado? Eles tiveram 90% do corpo queimado, a gente está rezando para ver o que Deus faz”, disse Eva. As vítimas foram levadas ao Hospital Geral Pirajuçara, ao Hospital das Clínicas em São Paulo e ao Hospital de Franco da Rocha, pelos próprios moradores. “Só depois de 20 minutos o Samu e o Corpo de Bombeiros apareceram”, criticou.

Vizinhos estão pedindo roupas e móveis para mãe e tia das crianças, de 23 e 19 anos, que perderam tudo. Moradores próximos fazem campanha e pessoas de outros bairros estão se apresentando para ajudar. “Elas sempre batalharam, quando a mãe morreu, não dependeram de ninguém, elas que sustentam os filhos. A gente está fazendo o que pode para ajudar. Agora vereadores não vêm aqui, mas na hora de pedir voto aparecem, bateram na porta delas”, disse Eva.

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